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Análise. Vai sobrar “sangue” no rádio e na TV

Preferia uma análise mais completa, englobando as duas pesquisas divulgadas na terça-feira. Ambas tiveram resultados muito semelhantes (leia a nota imediatamente anterior), e permitiriam chegar à mesma conclusão.

Lamentavelmente, porém, vigora no jornalismo (ou nas empresas jornalísticas, talvez fosse melhor dizer, que contaminam até seus melhores quadros) uma regra não escrita: “primeiro os meus”. Talvez isso explique o fato de o jornalista, aliás competente, Kennedy Alencar, colunista político do portal Folha Online, o braço de internet do jornal Folha de São Paulo, ter se utilizado apenas dos números do instituto Datafolha, que é “da casa”, para fazer a sua análise – omitindo por completo os números do instituto Sensus, o “concorrente”.

Lembro, e vou puxar a brasa para a minha sardinha, de já ter publicado aqui avaliações (e reportagens) muito bem feitas pelo colega Carlos Dominguez, do Diário de Santa Maria – embora eu próprio escrevo no jornal A Razão. Mas, enfim, vai-se fazer o que, nesse competitivo mercado, que às vezes impede que o consumidor/leitor não receba tudo o que merece?

Feita essa digressão que me pareceu adequada, ainda assim vale a pena ler a previsão de Alencar para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que começa na próxima quinta-feira, dia 15. Os dados do Sensus apenas fortaleceriam a opinião do jornalista, mas, enfim, continua sendo muito interessante a análise. Confira:

” Datafolha incendiará campanha na TV

A mais recente pesquisa Datafolha tende a incendiar a disputa no horário eleitoral gratuito, que começará na próxima terça-feira (15/08). Seu resultado deverá fortalecer a ala tucano-pefelista que defende a mais dura “campanha negativa” já feita na TV brasileira numa disputa presidencial –com exceção do vergonhoso “episódio Miriam Cordeiro”, cometido por Fernando Collor em 1989.

A pesquisa mostrou subida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista foi de 44% para 47% entre 18 de julho e ontem (08 de agosto). No mesmo período, Alckmin perdeu quatro pontos (28% para 24%). E Heloisa Helena cresceu de 10% para 12%, elevação no limite da margem de erro da pesquisa (dois pontos percentuais para mais ou para menos).

Com esses números, Lula chega à fase mais importante da eleição muito mais forte do que previam o PSDB e o PFL. Alckmin esperava estar no patamar de 30% e enfrentar um Lula mais para 40% do que 50%.

Ou seja, é forte e real a chance de Lula se reeleger no primeiro turno. Ele tem dez pontos percentuais além da soma dos adversários. É um cacife e tanto para quem apanha bastante faz mais de um ano. O horário eleitoral gratuito talvez seja a última esperança do tucano.

O plano de Alckmin era um começo light na TV, com ataques não vinculados à sua imagem. Chegando ao segundo turno, bateria mais duro. E poderia ir até para uma guerra sem quartel. Setores mais radicais do PSDB e do PFL defendem uma revisão estratégica. Consideram que o risco de não haver segundo turno é justificativa suficiente para começar fervendo o horário eleitoral.

Há moderados no time alckmista que julgam que a semana de 7 de Setembro seria a ideal para a reavaliação da estratégia na TV. Até lá, teriam se passado mais de duas semanas dos programas de TV e rádio. Haveria como fazer um diagnóstico mais preciso sobre a estratégia adotada.

Ao longo do dia de ontem (terça), quando estavam na expectativa dos dados do Datafolha, esses moderados já diziam que o período do campo da pesquisa tendia a prejudicar Alckmin, pois realizado em meio a nova onda de…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, e outros textos sobre o assunto, pode fazê-lo acessando a página de “Brasil” do portal da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/.

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