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Eleições 2006. Afinal, quantos deputados Santa Maria, sozinha, teria condições de eleger?

A teoria parece ser algo simplista, o que não a torna menos verdadeira. Se o último deputado estadual eleito no último pleito obteve 26 mil votos, e o federal 44 mil (em números redondos), em tese, se os santa-marienses votassem em santa-marienses, a cidade poderia pelo menos quadruplicar a sua representação parlamentar.

Mas nem é preciso sonhar tão alto. Parece óbvio que se ampliar-se o número de votos em candidatos locais, para além do que já aconteceu em eleições anteriores, a cidade poderá ter, pelo menos, um representante a mais na Assembléia Legislativa e outro na Câmara dos Deputados.

A propósito do tema, o editor de política do Diário de Santa Maria, Carlos Dominguez, publica reportagem nesta quinta-feira, em torno de uma pesquisa feita em 2003 por um estudante da Unifra (e hoje consultor de empresas), e que trata do assunto. E mostrando como votaram os santa-marienses em 2002, com base em dados oficiais. Confira:

”Voto não vê distância
Pesquisa revela que um terço dos santa-marienses votou em 2002 em candidatos a deputado de fora da cidade

O santa-mariense até que vota bastante em candidatos da cidade. Mas nem tanto assim. Em 2002, 67,5% dos votos válidos na eleição de deputado federal foram para candidatos que têm título ou fortes vínculos com a cidade. Para deputado estadual, o percentual é maior: 76,5%. Este resultado elegeu dois deputados estaduais e dois federais que têm títulos em Santa Maria. Se forem levados em conta concorrentes com história política ligada à cidade, podem ser colocados mais dois ou três nomes.

A constatação surgiu de uma pesquisa feita em 2003 pelo então estudante de Administração em Comércio Exterior da Faculdade Metodista (Fames) Osvaldo Petter Fritscher, que verificou o grau de fidelidade dos eleitores de Santa Maria em relação aos candidatos da cidade. Nascido em São Sepé, Fritscher é santa-mariense por adoção. Ele conta que fez o trabalho porque “adora ciência política” e tem o hábito “de mergulhar nos números”. E foi o que fez. Com base na votação dos candidatos fornecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o hoje consultor de empresas montou um Raio X dos votos:

– Queria saber por que as pessoas daqui votavam em gente de fora. Busquei obter uma visão sobre a escolha dos candidatos. Quanto mais informação, melhor será a escolha.

Apesar de a pesquisa ter mostrado que o percentual de santa-marienses que votam em candidatos da cidade ser maior do que a votação nos de fora, Fritscher ressalta que o desempenho dos “prata-da-casa” poderia ser melhor. Mas faz uma ressalva:

– Não adianta ser da cidade e não ter condições de nos representar. Seria importante, como em concursos públicos, que houvesse exigências para ser político. Se o candidato não sabe nem fazer um projeto, vira massa de manobra.

Santa Maria tem hoje 184.419 eleitores. Na última eleição geral (que escolhe deputados, senadores, governadores e presidente), o deputado estadual que se elegeu com menos votos no Estado fez, segundo o TRE, 26.285 votos. E para federal, foram 43.700…


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/

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