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Eleições 2006. Ah, o eleitor, esse “esquecido”

Você lembra em quem votou no pleito de 2002? Tanto agora, em 2006, quanto há quatro anos, foram eleitos deputados estadual e federal, governador, presidente da República e senador. Aliás, senadores. Foram dois, ao contrário deste pleito, em que será um apenas.

No caso específico de Santa Maria, foram eleitos os deputados estaduais José Farret, do PP, e Fabiano Pereira, PT; e os federais Cezar Schirmer, PMDB, e Paulo Pimenta, do PT. Os petistas foram eleitos pela primeira vez. Aliás, Fabiano era debutante total – saiu da vereança para a Assembléia Legislativa; e Pimenta saltava da AL para a Câmara Federal. Já Farret e Schirmer conquistaram a reeleição.

Então, você deve lembrar, Marcos Rolim tentava a reeleição e, embora os quase 55 mil votos, ficou de fora. E mais de 10 candidatos tentaram e não conseguiram desempenho suficiente para obter uma vaga no parlamento estadual ou federal.

Mas, e a pergunta? Esqueceu dela também? Repito: você lembra em quem votou no pleito de 2002? Pois é. Não se acanhe. Não é o único. Reportagem assinada por Jaqueline Silveira, publicada nesta quinta-feira pelo Diário de Santa Maria mostra que o esquecimento é geral. E também discute as causas do fenômeno. Confira:

”Amnésia eleitoral
Em Santa Maria, são poucos os eleitores que recordam em quem votaram para deputado estadual e federal na eleição de 2002. Eles lembram mais de presidente

O eleitor tem memória curta. Essa é uma afirmação que muita gente faz em época de eleição. Para testar se é verdadeira, o Diário foi às ruas e comprovou que a lembrança do eleitor é mesmo curta. Isso porque dos oito entrevistados, só um deles recordava o nome de todos os candidatos (presidente, governador, senador, deputado estadual e federal) em que votou na eleição de 2002. A maioria, depois de muito esforço, lembrou, no máximo, do voto para presidente do Brasil ou governador do Estado.

Desempregado há dois meses, Jefferson Camargo, 37 anos, provou que tem memória. Ele citou um por um dos seus candidatos em 2002. E foi além. Avaliou o desempenho de cada um deles nesses quatro anos. Segundo ele, quem melhor se saiu foi o representante da Assembléia Legislativa, mesmo assim não levará novamente o seu voto em 1° de outubro.

– Estou um pouco decepcionado. Esperava mais de todos eles. Faltaram com atitude e compromisso – reclama.

Ao contrário do desempregado, o mototaxista Itamar Soares, 43 anos, não lembra de nenhum dos políticos que votou no pleito de 2002.

– Não lembro mesmo. Faz tanto tempo. Não sei dizer nem se alguém se elegeu. Na verdade, eu odeio político e voto por obrigação – afirmou Soares, que promete, desta vez, prestar mais atenção nos candidatos.

Segundo o professor de Ciência Política de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Benedito Tadeu César, os eleitores têm razão de não lembrarem dos políticos que escolheram há quatro anos.

– O número de candidatos é muito alto. Fica difícil para o eleitor fixar as candidaturas – justifica Cesar.

Além de não lembrar em quem votou, a maioria dos eleitores entrevistados também não recorda dos critérios usados para a escolha dos candidatos. Para o professor de Ciência Política da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), de Canoas, Paulo Moura, isso acontece porque grande parte da população decide o voto na última hora.

-Por isso, é um voto pouco pensado e pouco avaliado – afirma o cientista político.

Representação termina no momento do voto

Outro ponto em comum entre os eleitores entrevistados é a falta de hábito de fiscalizar o desempenho do político que ajudou a eleger. A representatividade, nesse caso, termina no momento em que ele deposita o voto na urna. O eleitor se omite e não fiscaliza.

– É da lógica da democracia a delegação da representação. A expectativa do eleitor é que o político faça o que ele gostaria que fosse feito. Esse é o preço da democracia, e isso não acontece só no Brasil – argumenta Moura.

Já na opinião do professor do Programa de Doutorado em Direito da UFRGS,José Antônio Giusti Tavares, a situação é resultado da falta de…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/.

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