Eleições 2006. Confronto inicial dos candidatos ao Piratini, apenas um bom programa de TV
A verdade é que somente no segundo turno, e ele parece inevitável, no Rio Grande do Sul, os candidatos ao governo do Estado poderão, de fato, apresentar suas propostas (se existem, meeeesmo) com clareza, e o eleitor poderá fazer a diferenciação necessária para votar sabendo de fato quem estará escolhendo.
No primeiro turno, quem promover debate e ontem foi a TVCom terá que conviver, inevitavelmente, com todos os concorrentes (oito só os que não têm representação parlamentar não precisam ser convidados), o que limita a discussão.
Em todo caso, o confronto inicial, reunindo Germano Rigotto, Olívio Dutra, Yeda Crusius, Alceu Collares, Francisco Turra, Roberto Robaina, Beto Grill e Edson Pereira, no mínimo foi um bom programa de TV. Pena que, pelo horário (depois das 10 da noite), e no caso de Santa Maria, pela TV por assinatura, foi limitado no seu público. Que ninguém pense que pobre viu. E muito menos se iluda com eventual boa participação de seu candidato de preferência.
Sobre o debate da TVCom, leia, a seguir, reportagem publicada nesta quarta-feira, pelo jornal Diário de Santa Maria, veículo da RBS, também proprietário da emissora da capital:
Batendo de frente
Primeiro debate na televisão dos candidatos a governador do Estado alternou discussões de propostas com ataques e provocações entre os oito concorrentes
Um olhar frente a frente. Os oitos concorrentes a governador do Estado apareceram para os espectadores da TVCom, ontem, no primeiro debate da campanha eleitoral pela televisão, fazendo perguntas entre si. O assunto dominante foi a crise financeira. Mas houve espaço para educação, saúde e segurança.
No primeiro bloco, os concorrente tiveram espaço para perguntar entre si, com tema livre. A primeira questão, por sorteio, foi de Yeda Crusius (PSDB) para Francisco Turra (PP) sobre as finanças públicas.
– Faremos o dever de casa. Estamos hoje em regime de falência – respondeu Turra.
– Precisamos é de um novo modo de governar. E, desde o primeiro dia, indicar as prioridades. Se o problema é a seca, temos de fazer irrigação – disse Yeda, afirmações que repetiu para a maioria das perguntas.
Na seqüência, Edson Pereira (PV), esquentou o clima indagando sobre pedágios e a impugnação de um programa do PV no horário eleitoral.
– Quem retirou foi a Justiça Eleitoral. Sobre os pedágios, eu apenas cumpri os contratos. Não coloquei nenhum pedágio novo. E teve muita gente que prometeu romper contrato e não conseguiu – respondeu Rigotto, sem entrar na provocação.
O candidato do PSB, Beto Grill, cutucou Yeda ao mencionar que o PSDB tinha o cargo de vice no governo Rigotto e, portanto, responsabilidade na crise. Na vez de Turra inquirir Olívio Dutra (PT), a discussão foi para a saída da Ford do Estado.
– O povo gaúcho não aceita oito ou 80. Vamos aproximar os investimentos da nossa maneira de governar – rebateu Olívio.
A seguir, entrou em ação o candidato do PDT, Alceu Collares, responsável pelos momentos de maior ironia e bom humor do debate.
– Eu quero o Rigotto! – bradou o candidato, antes de perguntar para Roberto Robaina (PSol) com que roupa ele iria governar o país, caso Heloísa Helena ganhasse a eleição presidencial.
– O PSol está preparado. Não há sanguessugas – devolveu Robaina.
O bloco fechou com Rigotto indagando…
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/.
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