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Forrobodó. Maciel anima a Câmara, diz que não disse, é criticado por colegas e deixa a Mesa

Ufa. Finalmente um pouco de animação no Legislativo Municipal. O vereador João Carlos Maciel, do PMDB, fez declarações ao editor de política do Diário de Santa Maria, Carlos Dominguez, que as publicou em sua coluna de fim de semana, a Domingueira. Usou, o edil, as expressões “esquema” e “falta de comando” (da direção da Casa), por exemplo.

A impressão que tenho é que o parlamentar, em primeiro mandato, falou com a emoção, e não com o cérebro. Apressou-se, enfim. Há coisas que se pensa, mas não se fala. Esse foi o erro, penso, modestamente. Aí, bem, aí, ouviu o que não queria.

Na sessão plenária desta terça-feira, foi inquirido da tribuna. E, claro, sobrou pra quem? Pra quem? Ora, para a imprensa, essa que, como Maciel, disse, para se defender, “não divulga as ações positivas realizadas pela Câmara”. É, pois é.

Entre as ações “positivas”, deduz-se do noticiário divulgado pela assessoria de imprensa da Câmara (leia, no site do Legislativo: www.camara-sm.rs.gov.br), o vereador quis dizer o seguinte: “eu usei a tribuna durante três meses falando de projetos apresentados e nada saiu na imprensa”. Ah, sim, os projetos dele, Maciel. Está explicado.

Quer dizer, esclarecido pra mim, que sou de fora. Mas não para os colegas dele, que não o pouparam na sessão de ontem, especialmente Isaías Romero e Anita Costa Beber.

Mas, afinal, que forrobodó é esse, que inclusive levou à renúncia de João Carlos Maciel de suas funções na Mesa Diretora do Legislativo? Saiba mais, lendo a reportagem de Alexandra Zanela, que o Diário de Santa Maria está publicando em sua edição desta quarta-feira:

”Maciel sai da Mesa. Sessão votou apenas um projeto
Depois de fazer críticas ao comando da Câmara e dizer que se sente inútil, o peemedebista entregou, na sessão de ontem, documento que pede seu afastamento do cargo de secretário da Mesa Diretora

A sessão de ontem da Câmara de Vereadores teria durado pouco menos de 10 minutos, se um assunto não tivesse entrado na pauta: as declarações do parlamentar João Carlos Maciel (PMDB) ao Diário sobre o motivo da sua saída da Mesa Diretora. O parlamentar disse “que a Câmara é uma desorganização e que não tem comando”. Ainda, que estaria se sentindo inútil fazendo parte da Mesa e que teria um “esquema” entre alguns vereadores.

Ontem, o vereador recuou e disse na tribuna que não falou 90% do que foi publicado. Mas não desistiu de deixar o cargo de 1° secretário da Mesa Diretora.

Depois de muitas acusações e defesas, já no final da sessão, quase sem vereadores, as poucas coisas que estavam na pauta do dia foram aprovadas: a redação final do projeto que autoriza o município a abrir um crédito especial para pagar uma indenização – apenas uma formalidade -, um pedido para homenagear uma Igreja e um relatório de viagem.

Nas últimas sessões, a pauta está fraca. Os projetos andam devagar e poucos têm ido à plenário para votação. Grande parte tem vício de origem, ou seja, o assunto proposto não está dentro das competências dos vereadores. E não é de hoje qu ea situação se repete. Nos dias 31 de maio e 1° de abril, o Diário publicou reportagens mostrando que das 87 propostas protocoladas na Câmara, 29 precisavam de ajustes.

Antes da sessão de ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se reuniu para decidir se o projeto anti-nepotismo anda ou não. Acabou ficando tudo na mesma.

Os parlamentares decidiram que irão aguardar um novo parecer do Instituto Gama de Assessoria Municipal (Igam), para saber se os vereadores que têm parentes estão ou não impedidos de votar o projeto no plenário.

Presidenta disse que atrasos são culpa da CCJ

No começo da sessão, a presidenta da Casa, Anita Costa Beber (PP), principal alvo das críticas de Maciel, começou seu pronunciamento falando das reportagens publicadas pelo jornal nas edições do final de semana e de ontem, onde o vereador Maciel fazia críticas à Mesa.

Anita explicou que nada foi premeditado e que gostaria que o colega permanecesse no cargo. Sobre o atraso no início das sessões, que foi outra reclamação do vereador, a presidenta disse que ele estava sendo causado pela demora nas reuniões da CCJ e que ela já teria pedido que a comissão mudasse o horário dos encontros. Antes da sessão, a Mesa fez uma reunião sobre o caso.

Maciel se defendeu no plenário e completou o pronunciamento apresentando um requerimento pedindo seu afastamento da Mesa:

– Não estava me referindo a projetos ou à administração da Casa. Eu me ative às sessões ordinárias, que estavam atrasando – disse ele.

Isaías Romero rebateu as críticas de Maciel

Quem acabou entrando na briga foi Isaías Romero (PDT), que se sentiu ofendido com uma declaração de Maciel na reportagem do final de semana, onde ele disse que Romero faria parte de um “esquema”. O vereador…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, inclusive um quadro com as afirmações, gravadas, feitas pelo vereador ao jornalista do DSM, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/.

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