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Vans e traileres. Olha os demagogos aí, gente!

Uma fonte desta página me adiantou, no final da noite desta segunda: daqui pouco, em torno das 9 da manhã, o prefeito em exercício, Werner Rempel deverá receber uma comissão de representantes de proprietários de vans e traileres de lanches rápidos, em audiência pedida pela vereadora Anita Costa Beber. Ao que tudo indica, eles pretendem solicitar mudanças no decreto 178/2006, que disciplina o comércio de lanches rápidos em via pública.

Pessoalmente, considero muito salutar que se dialogue. Afinal, não existe nada que não possa ser aperfeiçoado. No entanto, o prefeito não pode perder de vista que a população, majoritariamente, defende a ocupação racional do espaço público. E que não há como transigir em relação a isso, na medida em que faz décadas que a cidade está perdendo suas características, com as calçadas sendo ocupadas aqui e ali, por “estabelecimentos” que, além de não gerar impostos, ainda levam ao desassossego público, para dizer o mínimo.

Basta passar de manhã bem cedo perto dos inúmeros “pontos” para perceber a sujeira e sentir a fedentina. Sim, fedor mesmo. Além de garrafas e outros objetos jogados ao léu, a testemunhar a esculhambação barulhenta da madrugada. Nem mesmo o “argumento” de que esta cidade é noturna e jovem me convence. Afinal, o comércio digamos normal estará disponível a noite inteira (o decreto estabelece um limite de horário para o funcionamento). E, de mais a mais, não há nenhuma proibição à atuação, apenas um regramento há muito reivindicado.

O que me preocupa, meeeesmo, é a demagogia. Segundo escutei de uma fonte confiável, haveria vereadores, os de sempre, “organizando”, além da audiência, um comício, com a presença de “vendedores” e “comerciantes”, todos no sentido de inibir e constranger o Executivo.

Ora, tomara que não seja verdade. Pois aí, então, estará consumada a mais grossa demagogia. Que, para quem não sabe, diz o dicionário, trata-se da “excitação das paixões populares em proveito político”. É exatamente isso: o uso político, e talvez eleitoral, de um eventual drama público. Só tem um detalhe: não se deve esquecer que, ao mesmo tempo em que, vá lá, 400, quem sabe 500 estão aí a ocupar indevidamente o espaço público, há milhares de cidadãos satisfeitos. E estes, para quem não sabe, também votam.

Aliás, há um outro detalhe, este ainda mais estarrecedor. Como já aconteceu na Câmara, semana passada, o comício em gestação levaria crianças à Prefeitura. Curioso: os supostos líderes dessa manifestação, sempre que têm oportunidade criticam, e o fazem bem, o MST, que usa as crianças para constranger a autoridade. Exatamente como pretenderiam fazer agora.

Lamentável, lamentável. Para dizer o mínimo. A demagogia não tem limites.

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