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Varig. Ah, se não fosse o juiz Luiz Ayoub!

É simples. Até demais. Não fosse o juiz carioca Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, e responsável legal pela recuperação judicial da companhia, e é muito provável que a Varig tivesse falido.

O processo, aliás, não terminou, mas é muito oportuna a entrevista publicada neste domingo por Zero Hora, concedida ao repórter Alexandre de Santi. Há muitos passos, ainda, a serem dados. E provavelmente nunca mais a empresa será a mesma. Em todo caso, poderia ser pior, muitíssimo pior, se não houvesse a interveniência do magistrado.

Quer saber por quê? Dê uma lida, e entenderá, acredito:

””É hora de reconstruir a Varig”

A cada revés, surgia a caneta de Luiz Roberto Ayoub. Uma, duas, incontáveis vezes, o titular da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro encontrava na nova Lei de Falências algum instrumento que permitia a continuidade da Varig – algumas delas em desacordo com a corrente que via a falência como desfecho natural da novela. O empenho transformou Ayoub, 46 anos, o magistrado responsável pelo processo de recuperação judicial da companhia, no personagem mais destacado da crise da empresa nos últimos quatro meses, quando a aérea chegou à beira da falência em razão da severa debilidade financeira.

Como recompensa, o juiz carioca ganhou carinhoso dos variguianos presentes no leilão realizado em 20 de julho. Ayoub foi aplaudido de pé quando entrou no hangar do Aeroporto Santos Dumont e, levemente hesitante, cumprimentou funcionários que portavam cartazes com os dizeres “L. R. Ayoub é 100% Justiça”. A homenagem digna de herói contrastou com a personalidade reservada apresentada ao longo da crise. Os funcionários do TJ fluminense, por exemplo, estão proibidos de divulgar dados pessoais dele, embora se saiba que é casado e pai de uma filha, além de torcedor do Botafogo, tenista nas horas vagas e juiz há 13 anos.

Um mês depois do pregão que definiu a venda da Varig para a Varig Log, o juiz segue no batente em nome da companhia. Na sexta-feira, esteve em Porto Alegre para tratar com o governador Germano Rigotto a respeito da dívida do Estado com a empresa em créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A idéia é transformar os créditos em recursos que serão usados no pagamento da rescisão contratual dos 5,5 mil funcionários demitidos pelos novos controladores da companhia aérea. Se não teve a garantia de pagamento da dívida, ao menos saiu do Piratini com a notícia de que ganhará a medalha Mérito Rio-Grandense, honraria criada no governo Rigotto para destacar pessoas por atos realizados em benefício do Estado. Logo depois, Ayoub foi para o Salgado Filho, onde conversou com ZH sobre a sua atuação no processo. Terminada a entrevista, comprou chocolates e embarcou num vôo da TAM para São Paulo.

Zero Hora – Qual o balanço que o senhor faz da sua atuação no processo de recuperação da Varig passado o leilão?

Luiz Roberto Ayoub –
Sou realista. O processo não está terminado, ainda temos vários obstáculos a superar. Há questões que têm de ser enfrentadas: pagamento de rescisões, crescimento da Nordeste (que faz parte da Varig antiga), o sucesso da nova Varig, que cada vez se aproxima mais, na medida em que já é de conhecimento do público a contratação entre compra e leasing de 50 aeronaves. Isso vai resultar em contratações – ou recontratações – daqueles funcionários da Varig que não foram aproveitados no primeiro momento. Hoje são 2,1 mil e virão mais 6 mil em breve. Temos um projeto para a Nordeste, estamos nos empenhando para o crescimento desta empresa…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/

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