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Análise. Quinteto de rolos para Lula resolver

Não há dúvida: as duas pesquisas divulgadas no final de semana trouxeram, para Luiz Inácio Lula da Silva, uma série de problemas. O jornalista Kennedy Alencar sugere cinco deles – todos na ordem do dia a partir dos levantamentos feitos pelo Datafolha e pelo Ibope.

O principal, ou pelo menos o mais imediato deles, é tentar evitar o segundo turno. Se não conseguir (o que ainda é possível, como realça o comentarista), haverá outros de tamanho tão explosivo quanto. Leia o que o jornalista da Folha de São Paulo escreve em sua coluna Brasília Online, que está na versão impressa do jornalão paulista e também disponível no braço de internet da FSP, o Folha Online, desde o final da noite deste domingo:

”Os cinco maiores desafios de Lula

Se reeleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentará uma série de desafios. Problemas não faltam. O obstáculo imediato é tentar evitar o segundo turno. Reconduzido na primeira ou na segunda fase, o petista terá de se preocupar com o “day after”, como eventual crise de governabilidade.

Lula tem dito que deseja realizar um segundo mandato melhor do que o primeiro. Difícil prever se será melhor ou pior. Com certeza, será bem mais difícil do que o primeiro. Seguem os cinco principais desafios do petista:

Evitar o segundo turno

Analistas dos institutos de pesquisas dizem que dificilmente haverá segundo turno se Lula não perder votos na faixa mais pobre do eleitorado, sobretudo no Nordeste. No final de semana, duas pesquisas, Datafolha e Ibope, esquentaram ainda mais a reta final. A primeira mostrou boa chance de a fatura ser liquidada na primeira etapa. A segunda indicou que a disputa presidencial poderá ir ao segundo turno.

No levantamento do Datafolha, cujas entrevistas foram feitas na sexta (22/9), Lula teve vantagem de 8 pontos percentuais sobre a soma dos adversários. Ou seja, suficiente para se eleger com 55% dos votos válidos no primeiro turno. Já uma pesquisa Ibope, realizada de quarta a sexta, mostrou vantagem de apenas 3 pontos percentuais – 52% dos votos válidos, percentual próximo à margem de erro. Ou seja, os efeitos do “Dossiê Tabajara” teriam aumentado a chance de segundo turno.

Há tensão na cúpula do governo por conta da pesquisa Ibope. Um eventual segundo turno a essa altura do campeonato equivaleria a uma derrota política. A oposição teria nova chance de tentar bater um Lula enfraquecido pela tentativa de petistas de comprar um dossiê contra o tucano José Serra, candidato ao governo paulista. No mano a mano, Lula não teria como evitar debates e polarização ainda mais acirrada com Geraldo Alckmin, candidato a presidente da aliança PSDB-PFL.

O temor de uma segunda etapa levou a campanha petista a colocar o presidente na TV para falar do escândalo do dossiê na semana passada. O petista admitiu o que não dava para esconder. E falou que não fugiria de suas “responsabilidades”. Disse que pediu à Polícia Federal para esclarecer o caso. E despejou dados sobre ações da PF, sempre mostrando que ela teria agido mais na sua gestão do que no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Foi uma “vacina” contra o retorno de volumoso noticiário negativo na Rede Globo e a forte subida de tom da propaganda eleitoral da oposição.

Nos últimos discursos, Lula tem adotado retórica inflamada. No final de semana, disse que venceria no primeiro turno. Arrogância pura. E sinal de que está com medo de uma surpresa na segunda fase.

Reconstruir pontes com a oposição

Lula nunca aprovou um projeto importante no Legislativo sem apoio da oposição. A governabilidade de um segundo mandato dependerá de uma coalizão com o PMDB, mas também de algum distensão do ambiente político em acordo com os principais “vencedores” da oposição.

Lula já estava em campo fazia tempo para tentar um entendimento com José Serra e Aécio Neves, prováveis vencedores nas eleições para o governo paulista e mineiro. O dossiêgate atrapalhou essas negociações…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/brasiliaonline/.

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