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E agora? E não é que a história dos “grampos” nos telefones do TSE era a mais pura balela

Sem o mesmo alarde, e que alarde, com que era criticado o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, está sobrando agora, ainda que de forma mais leve (por que será, hein?), também para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e ministro do STF, Marco Aurélio Mello.

Depois de fazer uma alaúsa sobre o “fato” de estarem grampeados os telefones de três ministros do TSE, e de ter sido feito um escarcéu na mídia, inclusive localizando em pontos bem determinados do Poder Executivo, a “responsabilidade” por esse crime contra a democracia e eis que, de repente, não mais que de repente, se descobre que… isso mesmo, não havia grampo algum.

Responsável pela descoberta, a Polícia Federal, chamada pelo próprio Mello, aliás, não encontrou qualquer sinal do que havia sido denunciado. E mais: vai atrás da empresa que fez a varredura e “constatou” o grampo. O problema é que, agora, como sempre, a mídia nacional, pega de novo em flagrante delito (não seria melhor deixar bem claro o que se pensa, inclusive em editorial, ou principalmente em editorial, e não trombetear uma suposta “neutralidade”?), faz de conta que não é com ela, pra variar.

Nos jornais de hoje a notícia já está dada. Mas, aqui, dá-se crédito a quem merece. E quem primeiro informou da gaiatice foi o jornalista Bob Fernandes, editor-chefe do site Terra Magazine, interessantíssima página alojada no portal Terra. Leia o que ele escreveu:

”Grampos não existiram, diz laudo oficial da PF

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, errou. Não existiram os grampos telefônicos no TSE por ele denunciados. O laudo oficial da Polícia Federal, em fase de conclusão, será divulgado amanhã, e apontará a inexistência do grampeamento.

Na noite de domingo, dia 17, o TSE e seu presidente já começavam a se manifestar. Disse Mello que os telefones estavam grampeados e que ele iria encaminhar ainda na segunda um ofício à presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Ellen Gracie, e ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, para que fossem abertos processos de investigação sobre o episódio.

Há seis dias, em entrevista, ele perguntava: “A quem interessa isso?”, e avançava: “é muito sintomático que tenham grampeado os telefones de três ministros do TSE. O episódio revela a quadra que estamos vivendo”. Disse ainda: “não acredito que eles vão ser descobertos”.

Os dois peritos da PF que investigaram o caso e confirmaram a inexistência dos grampos detectaram a “anomalia” que teria levado a empresa Fence (Consultoria Empresarial LTDA) a cometer o equívoco: É grande a distância entre os telefones dos ministros supostamente grampeados – Marco Aurélio de Mello e Cezar Peluso, no STF, e Marcelo Ribeiro, no TSE – e a conexão principal da empresa telefônica prestadora de serviço. Portanto, há a necessidade de uma conexão, que está localizada a 60 metros dos telefones. Ali havia uma emenda entre cabos para que a comunicação chegue à empresa prestadora de telefonia.

Inexistem ali ou em todo o circuito grampos telefônicos, constataram os peritos da Polícia Federal. E isso será apontado nos relatórios a serem divulgados oficialmente amanhã (hoje, quarta).

O delegado da PF que conduz o inquérito, Emanuel Henrique de Oliveira, deve ouvir ainda hoje (ontem) o depoimento dos proprietários da empresa Fence para definir exatamente o que ocorreu. Ressalte-se que a empresa não afirmou explicitamente que havia grampos e, sim, alertou para a possibilidade de tal ter acontecido. Diante dessa hipótese, o diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura Filho, convocou a imprensa para as declarações que deram origem a mais este escândalo.

A Polícia Federal apurou não ser a primeira vez que a Fence, teoricamente capaz de fazer varreduras completas, chegou a conclusões do gênero, e vai investigar se a empresa tem toda a qualificação técnica e aparelhagem para tanto. A…”


SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página Terra Magazini na internet, no endereço http://terramagazine.terra.com.br/.

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