Eleições 2006. Cláusula de barreira, terror dos partidos menores, que temem sumir do cenário
O leitor desta página já sabe: sou favorável à cláusula de barreira. Por, basicamente, colocar fim à farra dos partidos nanicos, sem representatividade e que, com dinheiro público (meu, teu, nosso – como popularizou o ex-ministro Armínio Fraga), acabam por beneficiar um e outro, sem que isso signifique qualquer melhoria de qualidade no debate político.
Penso, ao contrário do que uns e outros apregoam, que os partidos sérios, embora possam ter dificuldade eventual momentânea, sobreviverão mesmo que percam privilégios. São os casos, por exemplo, para ficar apenas entre alguns ameaçados, de PSB, PV, PDT, PPS, PP e PTB. Sem contar os ditos ideológicos, que sobrevivem muito bem com sua militância séria. Casos de PSol, PCB, PC do PB, PSTU, entre outros.
Mas, enfim, é apenas minha opinião, que não fecha com a dos dirigentes das siglas em situação mais complicada – como refere reportagem publicada pela agência de notícias da Assembléia Legislativa do RS, em texto assinado pela jornalista Marta Sfredo, e que passo a reproduzir:
Cláusula de barreira ameaça sobrevivência de partidos
O artigo 13 da Lei dos Partidos Políticos determina: a legenda que não atingir nas eleições deste ano o mínimo de 5% do total de votos válidos para deputado federal, distribuídos em pelo menos nove estados, com 2% do total de cada um deles, perderá o direito ao funcionamento parlamentar em todas as Casas Legislativas.
Entre as restrições impostas pela chamada cláusula de barreira, instituída pela Lei 9.096/95, estão a redução no tempo de propaganda partidária gratuita na televisão e a exclusão do rateio de 99% do Fundo Partidário, considerado uma das principais fontes de receitas das siglas. Para ultrapassar o obstáculo imposto pela lei e assim garantir sua sobrevivência no cenário político brasileiro, alguns partidos de pequeno porte, como o PV, estão fazendo referência a este desafio das urnas na campanha em rádio e televisão.
Com base nos resultados das eleições de 2002, dos 29 partidos políticos atualmente registrados no Supremo Tribunal Federal (TSE), apenas PMDB (13,36%), PT (13,19%), PFL (13,38%), PSDB (14,26%) e PP (7,80%) passariam com folga pela cláusula de barreira. Para PDT (5,12%) e PSB (5,27%), as estatísticas do último pleito fizeram acender a luz amarela.
Entre os 20 partidos que não atingiram 5% de um total de 87.474.543 votos para o cargo de deputado federal no País, 14 ficaram com menos de 1%. Nesta lista estão siglas como PSL (0,46%), PCO (0,01%), PSDC (0,2%) e PRP (0,28%), respectivamente dos candidatos à Presidência da República em 2006 Luciano Bivar, Rui Pimenta, José Maria Eymael e Ana Maria Rangel. Nem mesmo o partido do atual vice-presidente, José Alencar, o recém-criado PRB, deverá ultrapassar a cláusula de barreira. Outro desempenho nas urnas que virá cercado de expectativa é o do estreante PSol.
Legendas consideradas representativas no Rio Grande do Sul estão no rol dos partidos ameaçados. É o caso do PTB, que nas últimas eleições conseguiu 4,63% dos votos totais, do PC do B, que atingiu 2,25%, e do PPS, que obteve 3,06%. Aqueles partidos que não conseguirem ultrapassar o limite definido pela legislação não serão extintos, uma vez que a Constituição brasileira garante o pluralismo partidário. No entanto,…
SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página da Assembléia Legislativa na internet, no endereço http://www.al.rs.gov.br.
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