É O CARA. O “adversário” de Lula é o Bonner. Já FHC, Itamar, Sarney e Collor não são “confiáveis”
O Datafolha fez e a Folha de São Paulo publicou, no feriadão, PESQUISA em que perguntava, aos brasileiros, quem é o brasileiro “mais confiável”. Lula, pra variar, nadou de braçada. O político que ficou mais perto dele foi José Serra, ainda assim em 14° lugar – e beeem longe. Aécio Neves, Ciro Gomes, Dilma Rousseff e Marina Silva, os outros presidenciáveis ficaram, respectivamente, em 19°, 20°, 21° e 22° lugares. Que coisa!!!
Quer saber mais? Entre os cinco últimos colocados estão quatro ex-presidentes (o que Lula será em um ano): Fernando Henrique Cardoso (23°), Itamar Franco (24°), José Sarney (25°) e Fernando Collor (27°). Inflitrado no quinteto lá de baixo está o bispo Edir Macedo (26°).
Mas, afinal, o que isso significa, além de verificar que o principal “adversário” de Lula em confiabilidade é o apresentador-editor do Jornal Nacional (da Rede Globo), Willian Bonner? Quem tenta responder com melhor qualidade, penso, é Paulo Moreira Leite, da revista Época. Vale apena ler o que ele escreve, a seguir:
“O ídolo popular Lula
A grande novidade dos números do DataFolha sobre a confiança dos brasileiros em Lula envolve a categoria em que a população classificou o presidente da República. Os brasileiros colocaram todos os presidentes eleitos depois de 1989 no último lugar da fila. Entre as cinco personalidades menos confiáveis, quatro passaram pelo Planalto: FHC, Itamar Franco, José Sarney e Fernando Collor. Ou seja: a profissão de ex-presidente realmente não está em alta no juri popular, concorda?
Lula não está nesse grupo, mas em outro, entre os primeiros colocados, ao lado de William Bonner, padre Marcelo Rossi, Roberto Carlos, Chico Buarque… São personalidades que a população enxerga acima do bem e do mal, às quais devota um respeito e uma consideração sem relação ao mundo obscuro do poder e da atividade pública.
Lula é um político, sua atividade implica em debate, conflito e contradição mas a pesquisa lhe dá a estatura de ídolo popular, personalidades que estão além disso. Num país que tem horror aos políticos, é como se o presidente tivesse deixado de ser um deles. Em fase equivalente de seu governo, Fernando Henrique Cardoso tinha popularidade negativa – o número de quem considerava sua gestão ruim e péssima era de 35%, contra 24% de avaliação boa e ótima.
Para 99% dos políticos, o poder desgasta. No caso de Lula, fortalece. Ele é mais popular hoje do que em 2002 ou 2006…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras análises produzidas pelo jornalista Paulo Moreira Leite, da revista Época.
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