Futuro. Lula e o novo ministério em novembro
Tenho me valido, aqui, das análises sempre bem articuladas (com as quais nem sempre concordo, mas respeito, e passo adiante) do jornalista Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo e da Folha Online, braço de internet do jornalão paulista.
Pois, neste domingo, Alencar avançou. E, mais que opinar, deu informação relevante sempre tendo em mente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venha a conquistar a vitória ainda no primeiro turno. No caso, as mudanças no ministério, que aconteceriam logo após o pleito.
Mais que isso, contemplariam, já, um novo acordo político envolvendo o PMDB e, especialmente, o PSDB, ou um naco importante dos tucanos, situado no eixo São Paulo-Minas.
Creio que vale a pena, no mínimo, prestar atenção. Inclusive porque são listadas questões importantes e que, por que não, podem ter a adesão de todos os interessados. Também por isso, tomo a liberdade de reproduzir o texto pra você:
Se vencer, Lula muda ministério em novembro
Se reeleito em primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará pausa para descanso após 1° de outubro para se isolar um pouco e pensar na montagem do novo ministério. Sua intenção é começar o mês de novembro com alterações na equipe.
As pesquisas atuais mostram muita chance de a maioria das principais eleições estaduais serem decididas logo no primeiro turno.
A região Sudeste é o melhor exemplo. Hoje, os tucanos José Serra e Aécio Neves ganhariam as eleições em São Paulo e em Minas. E os peemedebistas Sérgio Cabral Filho e Paulo Hartung venceriam as disputas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Lula ainda mantém, por exemplo, a esperança de que o amigo Jacques Wagner (PT) consiga ir ao segundo turno na Bahia contra o governador Paulo Souto (PFL). No entanto, crê que uma articulação com os eleitos no Sudeste será fundamental para a formação do governo e de uma base de sustentação no Congresso.
São Paulo, Minas e Rio têm grandes bancadas no Congresso Nacional. Com cerca de 70% de intenção de voto no Nordeste, espera contar com o suporte de parte das bancadas parlamentares dessa região.
É sabido que Lula deseja formar um governo de coalizão com o PMDB. Assim, teria em torno de 200 deputados federais na Câmara (estimativa da soma das futuras bancadas peemedebista, petista e socialista).
A partir daí, selaria alianças menos fisiológicas com as siglas mais afetadas pelos escândalos do mensalão e do sanguessugas: PL, PTB e PP.
Faltaria a “agenda comum” com setores da oposição. “A idéia do presidente é trazer o PMDB para o conjunto e conversar com algumas lideranças do PSDB sobre a reforma política e outros assuntos fundamentais para uma governabilidade madura”, diz reservadamente um auxiliar presidencial.
Serra e Aécio serão os “vencedores” do PSDB com os quais Lula tentará estabelecer alguma convivência pacífica no início do eventual segundo mandato. Claro que Serra tenderá a fazer contraponto mais duro ao petista. O presidente sabe disso e o entende.
No entanto, Lula e Serra têm pontos em comum sobre reforma política. Vêem com simpatia o final da reeleição em todos os níveis do Executivo e a volta de um mandato de cinco anos para o presidente.
Alguns perguntam o que Serra ganharia com isso, já que, se eleito, poderia concorrer a governador em 2010 na hipótese de naufrágio do projeto presidencial.
A proposta de final de reeleição em debate reservado entre membros da cúpula do governo e da oposição prevê a manutenção do direito de concorrer a um segundo mandato para os eleitos em 2006 que possam aplicá-lo em 2010.
Ou seja, como deverá ser reeleito em Minas, Aécio não poderia concorrer ao governo das Alterosas daqui a quatro anos. O mesmo valerá para Lula. Já Serra fará parte da leva de governadores eleitos pela primeira vez, como Sérgio Cabral.
Nesse contexto, o tucano paulista teria duas opções eleitorais em 2010. E poderia bancar as opiniões já sabidas de que acha a reeleição prejudicial ao país e de que um mandato de cinco anos para presidente seria melhor.
Além do final da reeleição, esse acordo com os tucanos preveria a instituição da fidelidade partidária e a criação de um fundo público para financiar os candidatos.
Concluir a reforma tributária, unificando as alíquotas estaduais do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), seria outro ponto de uma rodada de conversas com governadores eleitos
SE DESEJAR ler a íntegra da avaliação, pode fazê-lo acessando a coluna Brasília Online, no portal da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/brasiliaonline/
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