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Guerra civil. O revés do PCC em terras gaúchas

É verdade que a ação foi da Polícia Federal – que de longa data, aliás, tem mostrado excelente trabalho. Também é real que a polícia paulista, onde o Primeiro Comando da Capital (PCC) nasceu, se criou e amedronta a população, apresenta parcos resultados em benefício da sociedade.

Não é igualmente incorreto afirmar que, apesar das declarações (no máximo) diplomáticas, as autoridades de segurança gaúcha agiram apenas a posteriori da ação dos federais, em situação absolutamente secundária – mesmo que o que ocorreu esteja sendo monitorado há pelo menos dois ou três meses.

Ainda assim, não deixa de ser gratificante para o povo gaúcho saber que foi aqui, no território do Rio Grande do Sul, que os bandidos do crime organizado paulista, acabaram sofrendo sua derrota mais célebre. E, provavelmente, comprometedora de futuras atividades em qualquer lugar do Brasil.

A propósito da superoperação que levou, só no território gaúcho, mais exatamente em Porto Alegre, à frustração de um superassalto e à prisão de 26 criminosos, o jornalista Humberto Trezzi assina reportagem especial que Zero Hora está publicando em sua edição dominical:

”Facção sofre revés no Estado

O Rio Grande do Sul virou um pântano para a maior organização criminosa brasileira – a máfia paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Encarado pela facção criminal como uma espécie de caixa-forte, o território gaúcho resiste como uma fortaleza às tentativas da organização de transformá-lo em alvo para financiamento do crime.

A última derrota dos mafiosos foi a frustrada tentativa de furtar R$ 80 milhões da agência central do Banrisul e da Caixa Econômica Federal em Porto Alegre.

A facção criminosa tinha pretensões concretas desta vez. Mais precisamente, o cofre ao final de um túnel com mais de 80 metros de comprimento e cerca de 70 centímetros de diâmetro, escavado durante dois meses por 26 criminosos em pleno coração de Porto Alegre, na Rua Caldas Junior.

Os falsos operários foram interceptados pela Polícia Federal (PF) quando faltavam ainda alguns metros para que a escavação chegasse ao cofre. O ataque aconteceria no feriado de 7 de setembro.

As autoridades em segurança não gostam de misturar as expressões Partido do Crime – como os presos chamam o PCC – e Rio Grande do Sul. Admitem apenas que o Estado é corredor de contrabando de armas ou refúgio eventual de bandidos da facção. Ainda na sexta-feira, o secretário da Justiça e da Segurança, Omar Amorim, minimizou a importância das ações do PCC no Estado:

– Não temos atuação do PCC aqui. Foi uma ação isolada, que sempre esteve monitorada pelo nosso sistema de segurança.

Vários episódios registrados nesta década apontam rumo contrário. Eles mostram que os tentáculos do PCC envolvem o Estado há pelo menos cinco anos. Por competência e sorte das autoridades, todos acabaram mal para os bandidos…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/.

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