Ambição. Como pedê, o pefelê pretende se manter como oposição ferrenha ao governo
A partir de 28 de março, o Partido da Frente Liberal, reunido em convenção, deve começar a chamar-se Partido Democrata. Sai o pefelê e entra o pedê. O que isso significa, além da troca de nome, e algumas alterações cosméticas no programa partidário? Significará, por exemplo, uma mudança de postura da sigla, na política nacional?
Ainda é cedo, convenhamos, para prever qualquer coisa. No entanto, pelo menos algo já ocorreu. Na Câmara dos Deputados, a despeito de o partido falar em acordo entre as partes, a verdade é que as dinastias, como a de Antonio Carlos Magalhães, perde espaço. E assume um novo grupo de lideranças, não se sabe o quanto majoritárias são. Se são.
Em todo caso, o neto de ACM, também Antonio Carlos, teve que, na prática, contentar-se em ceder o lugar de líder da bancada para o emergente gaúcho Onyx Lorenzoni, com a promessa de ocupar o cargo em 2007. Enquanto isso, quem fala pelo PFL (PD) é Lorenzoni.
Aliás, em entrevista concedida a Ricardo Taffner, do site especializado Congresso em Foco, o gaúcho não deixa por menos, dizendo, entre outras coisas que oposição clara, forte, que não teme enfrentamento, que busca o confronto com o governo e que questiona, fiscaliza e denuncia, quem está fazendo é o PFL e vai continuar fazendo. É, pois é. Vale a pena ler o contundente pefelista que, na prática, coloca seu partido na dianteira da oposição ferrenha a ser feita ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A seguir:
De identidade nova
Legenda muda de nome para tentar se reerguer, mas promete continuar na oposição ferrenha ao governo
Uma nova bandeira é a esperança do Partido da Frente Liberal (PFL) de tornar a legenda mais popular e conseguir reverter o declínio do número de parlamentares no Congresso Nacional. Com a mudança do nome para Partido Democrata, programada para valer a partir de 28 de março, os pefelistas tentam se distanciar da trajetória da direita liberal para se apresentarem como representantes do centro democrático.
Apesar da mudança de direção na linha ideológica, o líder da legenda na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), disse em entrevista ao Congresso em Foco que o partido não altera sua posição política. A oposição somos nós. Oposição clara, forte, que não teme enfrentamento, que busca o confronto com o governo e que questiona, fiscaliza e denuncia, quem está fazendo é o PFL e vai continuar fazendo.
Aos 52 anos, Onyx cumpre seu segundo mandato na Casa. No início deste ano conseguiu se destacar ao derrotar ACM Neto (PFL-BA) na disputa pela liderança do partido. Empresário e veterinário, o parlamentar promete fazer uma crítica contundente e ferrenha ao PT e classifica a oposição como principal projeto da sua atuação à frente da bancada.
Porque nós reafirmamos com segurança absoluta: faz muito mal para o Brasil ter um governo incompetente e corrupto como esse que o presidente Lula comanda, ataca o líder.
Simultaneamente ao combate dos ideais governistas, Onyx diz que articulará a aprovação das reformas política e tributária. Para ele, é necessário estabelecer pontos importantes para melhorar a estrutura do sistema político do país como a fidelidade partidária, o financiamento público de campanhas, a lista fechada e a cláusula de barreira. Além disso, defende a redução gradual da carga tributária para 25% do Produto Interno Bruto (PIB) com a atenção nos impostos não declaratórios.
Isso vai fazer o Brasil ser o maior e mais forte país da América Latina. O dia em que nós estivermos no poder, nós vamos fazer isso e o Brasil vai crescer como nunca cresceu antes. Na lista de críticas do líder também se encontra o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), um pacote do governo que não deverá contar com o apoio dos pefelistas. Não tem nenhum país que esteja crescendo de maneira consistente no mundo que use os conceitos que o PAC tem.
Enfraquecido?
Mesmo com uma bancada menor em 2007 do que na legislatura anterior – com a perda de 19 cadeiras na Câmara e uma no Senado, além de emplacar apenas um candidato a governador no Distrito Federal -, o líder do PFL acredita que o partido tenha saído fortalecido das últimas eleições. Para o deputado, a legenda perdeu em locais onde dominava como no Nordeste, mas se fortaleceu em nichos mais exigentes no Sul e Sudeste, onde pretende fixar as raízes…
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, com a entrevista, clique aqui.
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