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Balanço cá. Uma eleição equilibrada em terras gaúchas. E, assim, se cumpre a tradição

A agência de notícias da Assembléia Legislativa está de parabéns. Um Poder que honra as tradições democráticas tem uma excelente equipe de imprensa. Sua agência de notícias, que distribui material para inúmeros veículos de comunicação, realizou excelente trabalho de cobertura das eleições, sobretudo no Rio Grande do Sul.

Puxa-saquismo? Chame como entender melhor. No entanto, entendo tratar-se de elogio justo, na medida em que os colegas conseguiram fazer algo nem sempre fácil, mesmo que se considere o interesse do público – e este foi muito bem servido com o material produzido.

Nesta segunda-feira, por exemplo, na hora do balanço do pleito em segundo turno, a agência informativa do parlamento gaúcho foi a única a ter proporcionado aos seus leitores uma visão um pouquinho diferente das mostradas pelos veículos mais conhecidos e de massa.

Na reportagem de Marcela Santos, ao lado dos números – sim, eles são fundamentais – trouxe o novo, que todos parecem ter esquecido, ao avaliar esse segundo turno. Na palavra de um entrevistado, o óbvio (que ninguém deu): aqui, no Rio Grande, não obstante o eventual maniqueísmo que preside as relações políticas, eleição acirrada é tradição. Mesmo que um ou outro lado aparente favoritismo. Ou mesmo que existam favoritos de fato, na hora do voto, a diferença cai. Isso não disse o entrevistado, quem complemente sou eu.

Mas, em todo caso, fiquemos com a reportagem. Ela é completa, acredite. E, inclusive, traz fontes, como um professor pelotense, quem nem sempre, ou quase nunca, ganham espaço nos veículos de comunicação ditos estaduais. Confira:

”Disputa acirrada é tradição no RS, diz especialista

Confirmando os resultados apontados nas últimas pesquisas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi reeleito para o cargo com 60,83% (58.294.228 votos). Depois dos desdobramentos dos escândalos de corrupção que predominaram em grande parte da campanha, muitos analistas políticos acreditavam no acirramento da disputa no segundo turno, o que não aconteceu. Lula liderou a votação nacional com boa vantagem durante toda a apuração. Geraldo Alckmin (PSDB) conquistou 39,17% dos eleitores (37.543.024 votos).

A Região Sul, foi a responsável pela maior derrota de Lula no 1º e no 2º turnos. Alckmin ficou com 55,35% dos votos válidos dos gaúchos contra os 44,65% de Lula. Para o mestre em Teoria Sociológica e professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Jairo Nogueira, não há dúvida de que o apoio de mais de 46% dos eleitores gaúchos aOlívio é um reconhecimento ao projeto da Frente Popular e deve ser considerado, mas, a derrota dos petistas nesta região, atesta o descontentamento com políticas federais assistenciais e com a situação econômica do País. “A desmotivação dos eleitores da Região Sul respingou nos números conquistados por Lula e na derrota de Olívio. Tanta composição descaracteriza o partido, e é justamente aí que entra a figura de Lula como pessoa e não como político de esquerda. Ele tem promessa de um governo melhor, mas não é bem assim”, avalia. De acordo com Nogueira, Lula não é uma ilha e em algum momento terá que fazer suas opções e posicionamentos.

Governador do RS

A disputa para governador do Estado registrou 95,55% dos votos válidos. A primeira governadora da história gaúcha, Yeda Crusius (PSDB) foi eleita com 53,94% dos votos válidos contra os 46,06% de Olívio Dutra (PT). Votos brancos somaram 1,96% e nulos 2,48%.

Nogueira afirma que a eleição de Yeda concretiza o que foi desenhado no primeiro turno. “O crescimento de Olívio deve ser considerado, mas o fato é que a tucana não tinha oposição direta”, argumenta. Ele acredita ainda que a proposta de um ‘novo jeito de governar’ pesou muito na decisão dos gaúchos. “Historicamente o Rio Grande do Sul vota na oposição, e este pleito comprovou isso elegendo não a oposição, mas o diferente, o novo”, explica.

A tradição de disputa acirrada no Estado também foi lembrada por Nogueira, que recordou o pleito de 2002 quando o atual governador Germano Rigotto (PMDB) venceu por pouco mais de 300 mil votos. O professor analisou a composição do secretariado e alertou para dificuldade na formação, já que terá que “acomodar” representantes de 14 partidos aliados. …”


SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página da Assembléia Legislativa na internet, no endereço http://www.al.rs.gov.br/ag/noticias.asp?txtIdMateria=161581.

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