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Balanço lá. A verdade é que, como diria minha nona, Alckmin e a oposição levaram uma sova

Não, não se trata deste jornalista. Que até se cuida bastante, antes de emitir opinião tão definitiva. Mas a realidade é essa, exposta pelo jornalista Ricardo Noblat ao avaliar, com mais distanciamento cronológico (pelo menos 24 horas), o resultado do pleito presidencial.

Digam o que disserem, escrevam o que escreverem e, é o que Noblat – um dos mais experimentados analistas políticos do País – entende, o candidato Geraldo Alckmin e a oposição por ele representada, foram surrados nas urnas. Uma sova, diria minha nona. Ou uma sumanta, nas palavras do nosso edil-repórter Isaías Romer.

Mas, por que e como isso aconteceu? E quais as conseqüências para os tucanos e a oposição em geral e até mesmo para o governo recém eleito com 60 mil toneladas de votos? Melhor deixar para o próprio jornalista explicar tudo isso, como fez na página dele na internet:

”Para que tudo permaneça como está

A verdade, meus caríssimos amigos, é que a oposição foi surrada impiedosamente nas eleições encerradas ontem. Apuradas todas as urnas, Lula esmagou Alckmin com quase 21 milhões de votos de vantagem – 21,6% do total de votos válidos. Atraiu 11.613 mil votos a mais do que no primeiro turno. Por sua vez, Alckmin teve quase 2,5 milhões de votos a menos, encolhendo 2,47%.

Das 27 unidades da federação, em apenas quatro Alckmin foi mais votado no segundo turno: Alagoas, Amazonas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. E nessa última, amealhou míseros 4.411 votos, volume insuficiente para eleger um suplente de vereador.

O governador eleito de São Paulo José Serra deve estar gargalhando às escondidas. Foi atropelado por Alckmin quando quis enfrentar Lula. E mais tarde se assustou quando o viu passar para o segundo turno.

E se mesmo perdendo Alckmin exibisse um desempenho para lá de razoável? Nada mais justo que ambicionasse disputar outra vez a sucessão de Lula. Ufa! – respirou Serra aliviado.

Alckmin saiu menor do segundo turno. Está de olho na prefeitura de São Paulo em 2008. Mas Serra tudo fará para que ali permaneça o atual prefeito Gilberto Kassab, do PFL. Serra era o candidato do PFL a presidente – até que Alckmin lhe passou uma rasteira. Quer ser candidato daqui a quatro anos e precisa do apoio do PFL.

Há que se prevenir para não levar uma rasteira do governador mineiro Aécio Neves, outro aspirante a candidato. Alckmin foi uma invenção dele mesmo e de parte do que o governador Cláudio Lembo chama de “elite branca” que preferia a reeleição de Lula à perda para o PT do governo paulista.

De resto, como observou o banqueiro Olavo Setúbal, tanto fazia dar Lula ou Alckmin – a eleição fora ganha de véspera pelos que concordam com mudanças desde que tudo permaneça mais ou menos como está. Assim será, pois.

Lula provou à exaustão que não é do seu feitio provocar rupturas – nem apostar nelas. É um conciliador por temperamento e formação. Espanca as elites só quando elas o ameaçam. Para ele, tudo bem, tudo muito bom – afinal, ninguém mais lhe tomará o título de novo Pai dos Pobres. Não terá maiores dificuldades para governar – salvo se perder novamente o controle sobre seus aloprados.

Celebra a eleição de 16 governadores aliados. Os demais não lhe causarão maiores problemas – nem mesmo Serra, muito menos o pacato Aécio. Com esse, de alguma maneira, Lula tem uma impagável dívida de gratidão. Em Minas, no segundo turno, Lula quase dobrou a vantagem que abriu sobre Alckmin no primeiro.

A idéia de governar junto com o PMDB dará maioria confortável a Lula na Câmara dos Deputados. Apenas no Senado a vida dele não será assim tão fácil – mas sempre dá-se um jeito…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço www.noblat.com.br.

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