Arquivo

Enquanto isso. Lula ganha o reforço de um governador que pertence a partido de oposição

Reeleito com mais de dois terços dos votos, ainda no primeiro turno, Blairo Maggi o gaúcho radicado no Mato Grosso, estado que governa há quatro anos, e onde fez uma superfortuna com o agronegócio, vai a Brasília nesta quarta-feira. Objetivo: negociar o apoio que pretende oferecer ao candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva.

Maggi é do PPS, que tem como presidente o senador Roberto Freire, um alckmista de primeira hora. Quase um tucano, na verdade. E que, exatamente por isso, está furibundo com a possibilidade concreta. Aliás, uma realidade, segundo o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, que entrevistou o governador em sua página na internet.

Segundo o jornalista escreve, e Blairo Maggi deixou suficientemente claro, o “preço” a ser pago por Lula é transformar o governador em interlocutor para assuntos de agronegócio – uma área em que o Presidente é raquítico em apoios e votos. O que dá a entender que o pedido ser aceito. Confira a palavra de Josias e a entrevista com Maggi:

”Blairo Maggi encontra Lula para negociar apoio

Filiado ao PPS, partido que apóia o tucano Alckmin, o governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi, está com um pé na candidatura petista de Lula. Ele se encontra nesta quarta-feira com Lula, para negociar o seu apoio. Maior plantador de soja do país, Maggi deseja tornar-se interlocutor preferencial do agronegócio com o governo Lula, em caso de reeleição. Em entrevista ao blog, Maggi disse que, fechado o entendimento com Lula, irá se desfiliar do PPS antes que Roberto Freire, o presidente do partido, o expulse. Com o apoio do governador, Lula finca uma cunha num Estado em que perdeu para Alckmin no primeiro turno. Leia abaixo a entrevista:

– Já se definiu entre Lula e Alckmin?
Meus adversários na eleição estadual foram exatamente PSDB e PT, os dois partidos que disputam a presidência. O PSDB foi muito amargo comigo. Tenho uma dificuldade de andar com esse pessoal aqui no Estado. Estou buscando um entendimento entre o setor da agricultura, que está muito magoado com o Lula, e o presidente. O que me preocupa é o seguinte: todas as lideranças do agronegócio estão voltadas para a candidatura do Alckmin. Se ele vencer as eleições, está cheio de gente para conversar e ser interlocutor. E se o Lula ganhar? Quem desse segmento vai poder conversar com o governo? Eu estou preocupado com isso.

– Já falou com Lula?
Amanhã, vou a Brasília para conversar com o presidente. Quero ver quais são os pontos com os quais ele pode se comprometer para ajudar o setor do agronegócio num segundo mandato.

– Um tapete vermelho o aguarda no Planalto. Pode-se depreender, assim, que o sr. está mais próximo de Lula do que de Alckmin?
Sem dúvida. Como governador de Estado, demorei muito tempo para abrir canais no governo federal. Só nos últimos dois anos as coisas começaram a fluir, os convênios começaram a ser assinados. Suponha que haja uma troca de governo. As pessoas vão chegar, se inteirar das coisas, o país vai parar mais um ano nas relações entre governos. A minha preferência, se conseguir fazer um acordo produtivo para o setor do agronegócio e para o governo do meu Estado, é caminhar pelo caminho da manutenção do atual presidente. Nada de pessoal contra o outro candidato. A gente vai ganhar tempo com isso.

– Não o preocupa a ameaça de Roberto Freire de expulsá-lo do PPS?
Não. Estou mais preocupado com o um segmento econômico vital para o meu Estado e com as coisas do governo de Mato Grosso. Além disso, o partido também está deixando de existir. Não atingiu a cláusula de barreira. Vai ter que se acomodar em outro lugar. E não serei expulso. Se optar por Lula, vou…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo