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Fogo amigo. Olha só que “mãozinha” FHC deu ao seu candidato à Presidência da República

Quem leu as análises que publiquei agora há pouco, no início da madrugada, deve ter notado que um dos motes de Luiz Inácio Lula da Silva, na sua caminhada para conquistar um novo mandato, é bater, e bater firme no governo de Fernando Henrique Cardoso. E mais: acusa seu oponente, Geraldo Alckmin, do PSDB, sigla da qual FHC é presidente de honra, de querer privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e outras instituições estatais.

Há, convenhamos, uma boa dose de razão aos tucanos, quando dizem tratar-se de “terrorismo”. E que nada disso é verdade. Mais: Alckmin, como você leu antes por aqui, virou o candidato do “não”: não privatizarei isso, não privatizarei aquilo, etc etc.

Pois não é que o esforço do concorrente pelo PSDB acabou indo por água abaixo justamente pela “boca grande” de seu principal líder? Isso mesmo! Embora os desmentidos posteriores, o estrago foi feito no momento em que o próprio Fernando Henrique admitiu, em entrevista à rádio CBN, em São Paulo, “não ser contra a privatização” do quê? Isso mesmo, da Petrobrás e do Banco do Brasil.

A pergunta é: com um amigo desses, pra que inimigo? Leia, a propósito da fala de FHC e de suas conseqüências, e isso antes ainda de saber-se o resultdo da pesquisa do Datafolha, o que escreveu o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, em sua página na internet:

”‘Não sou contra privatizar a Petrobras’, diz FHC

Fernando Henrique Cardoso tornou-se um excluído. Excluíram-no da formulação do programa de governo de Alckmin. Excluíram-no da propaganda eletrônica. Excluíram-no do roteiro de viagens. Excluíram-no das platéias dos debates. Excluíram-no da campanha, enfim.

Consternado com a situação, Lula inscreveu FHC num programa que lançou no início da campanha presidencial: o Bolsa Comparação. Corrigiu uma injustiça. Homem de reconhecida vaidade, FHC voltou ao noticiário. Submetido a rações diárias de cotejo administrativo, apanha nas páginas dos jornais, à mesa do café; no telejornal do almoço e no Jornal Nacional.

Abandonado pelos seus, o ex-presidente, vez por outra, vê-se compelido a saltar do porão para fazer a própria defesa. Há poucos dias, lançou uma carta à “militância tucana”, seja lá o que isso venha a ser. O texto irritou os amigos e divertiu os inimigos.

Nesta terça, FHC mordeu uma isca do petismo. Saiu da toca para, em entrevista à CBN, defender a sua gestão. Mordendo uma isca jogada nas águas turvas da eleição pelo petismo, discorreu sobre o processo de privatização. A coisa caminhava bem enquanto o ex-presidente falava do passado.

Ao tratar do presente, FHC sempre tão hábil no manejo das palavras, escorregou na própria língua. Disse que é demagogia do PT afirmar que um eventual governo Alckmin privatizaria a Petrobras. “Ninguém vai privatizar”, enfatizou. Em seguida, deixou escapar: “Não sou contra a privatização da Petrobras”.

O ex-presidente destruiu em uma frase todo o esforço que Alckmin empreende nos últimos dias para afastar de seus lábios o cálice privatista Lula tenta lhe impor. Nos próximos dias, o petismo irá acentuar a pregação segundo a qual o tucanato no poder não sabe senão vender…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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