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Imprensa. ‘Veja’ tem resposta dos federais, para “reportagem” publicada na sua última edição

A revista Veja (www.veja.com.br, para assinantes, ou nas bancas da cidade deste domingo) publica, na edição que está circulando, mais uma de suas “reportagens” em que ela própria coloca em dúvida o que está divulgando ao seu leitor.

Fala de um suposto encontro entre Freud Godoy, ex-assessor do presidente Lula e o petista Gedimar Passos, sob a complacência da Polícia Federal. E mais, diz, mas não nomeia nem dá detalhes mais específicos, que “três delegados da PF” revelaram o fato à revista. Está mais, muito mais, pra fofoca do que para notícia (alguém aí ainda lembra da história dos barris cheios de dólares vindos de Cuba? Pois é. Nem a revista, embora tenha feito aquele estardalhaço todo).

Aliás, a Veja é especialista em lançar “fatos” e depois esquecê-los. E aí depende da conveniência do momento, é o que parece. Tanto que agora quer porque quer derrubar o presidente, mesmo às custas da falta de jornalismo. Mas antes, em 1999, como diz o jornalista do O Globo, Ilimar Franco, em sua página na internet (http://oglobo.globo.com/blogs/ilimar/), “Veja publicou reportagem informando que ‘quatro fontes do mercado de capitais’ revelaram à revista que diretores do Banco Central passavam “inside information” para o mercado, mediante uma mesada de US$ 500 mil. Nunca mais se falou no assunto. “

Pois é. Pois é. Só que, agora, quem não gostou nada das ilações foi a própria Polícia Federal, uma das poucas instituições nacionais em que a população confia. E que foi colocada sob suspeita pela revista. Segundo o “Comunique-se”, site especializado em comunicação, os federais foram pra cima da Veja, acusando-a de… Bem, leia você mesmo:

”Polícia Federal acusa matéria de capa de Veja de ser “leviana e fantasiosa”

Em resposta à matéria “Um enigma chamado Freud”, capa da edição de 18/10/06 da revista Veja, a Polícia Federal (PF) divulgou uma nota classificando as acusações da publicação de levianas e fantasiosas. Utilizando “três delegados” da corporação como fonte anônima, a matéria aponta que agentes carcerários teriam viabilizado um encontro ilegal entre Freud Godoy e Gedimar Passos, que teria saído de sua cela enquanto estava detido pela PF.

Gedimar Passos e Valdebran Pereira foram encontrados com os R$ 1,75 milhão que seriam usados para comprar o Dossiê Vedoin, com supostas acusações contra políticos tucanos. Em seu depoimento inicial, Passos citou o nome “Freud” e posteriormente apresentou outra versão, inocentando Godoy e alegando que havia sofrido coação psicológica em seu primeiro depoimento, prestado ao delegado Edmilson Bruno. O mesmo delegado que vazou para a imprensa, de maneira ilegal, fotos do dinheiro apreendido.

A matéria de Veja, assinada por Marcio Aith e com reportagem de Policarpo Junior e Camila Pereira, sustenta a tese de que no dia 18/09, três dias após a prisão de Passos, Godoy e mais três homens teriam tido o tal encontro ilegal com o preso no escritório de Severino Alexandre, diretor executivo da PF paulista. Neste encontro teria sido estabelecida a nova estratégia de defesa dos petistas com a tentativa de inocentar completamente Godoy, assessor muito próximo de Lula e de sua família.

Além disso, a reportagem afirma que o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, teria se envolvido pessoalmente diversas vezes no processo de abafamento do caso. Segundo a revista, Thomaz Bastos teria indicado um advogado de sua confiança para Godoy, cobrado “esforços diários” para convencer Passos a mudar sua versão e também entrado em contato com Geraldo José Araújo, superintendente da PF em São Paulo, para questionar se o caso teria alguma implicação negativa para o presidente.

Em resposta ao texto, a PF divulgou nota atacando a Veja, acusando-a de “tentar criar fatos para sustentar sua versão fantasiosa”. Também afirma que o agente da PF Jorge Luiz Herculano, que a revista afirmou ter possibilitado a saída de Passos de sua cela, não estava de plantão no horário que Veja alega ter ocorrido o encontro.

O Ministério da Justiça, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que as acusações são falsas e negou o envolvimento de Thomaz Bastos em todos os casos citados pela matéria de Veja.

O repórter Marcio Aith foi procurado pelo Comunique-se, mas não foi encontrado até o fechamento desta edição. A redação deste portal ainda espera uma resposta do jornalista para esclarecer as contradições em sua matéria levantadas pela nota da PF.

Precedentes

Recentemente, a revista também recebeu dois golpes jurídicos. No começo da semana passada, o jornalista Paulo Henrique Amorim entrou com um processo por injúria…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do Comunique-se na internet, no endereço http://www.comunique-se.com.br/.

MAIS UMA OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: O texto do “Comunique-se” fala que os jornalistas de Veja “sustentam a tese”… Cá entre nós, tese não é notícia, mas proposta acadêmica. Mas, enfim…

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