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Nova estratégia. Alckmin também terá os seus “testas de ferro”. E são eles que vão bater

A coisa é assim: Lula deixa que dois ou três de seus principais escudeiros toquem fogo (com palavras, com palavras) no circo e desfiram as principais saraivadas contra seu adversário. Enquanto isso, ele, o candidato, apenas trata das questões ditas “propositivas”. E está dando certo, apontam as pesquisas de intenção de voto.

Enquanto isso, no outro lado, Geraldo Alckmin saía de peito aberto, com resultados inócuos. Ou, o que é pior, adversos – como demonstrou a postura agressiva adotada no debate da TV Bandeirantes, e que se revelou, senão equivocada, de resultado pra lá de duvidoso. Afinal, e houve alguns alckministas que assim se manifestaram, acabou transformando o oponente em vítima.

Isso, porém, é passado. O tucano, com a concordância de sua equipe de formuladores políticos, vai imitar o inimigo. E também ele nomeou seus “testas de ferro”. Esses é que vão atirar, de morteiro (verbal, verbal) se possível, contra Lula. E Alckmin? Bem, esse terá seus dias – pelo menos 12, que é o que resta até o segundo turno – de doce.

Quem revela a nova estratégia do candidato de oposição, para os momentos derradeiros da campanha eleitoral, é o jornalista Josias de Souza, em sua página na internet. O texto é o que reproduzo, a seguir:

”Alckmin forma tropa de choque e reformula campanha

Em reunião realizada na noite de domingo, em São Paulo, o alto comando da campanha tucana de Geraldo Alckmin reformulou a estratégia de campanha. Decidiu-se constituir uma tropa de choque para responder aos ataques de auxiliares e políticos aliados de Lula, liberando o candidato para entoar um discurso mais propositivo.

O encontro ocorreu na produtora dos comerciais de Alckmin. Estavam presentes, além, de Alckmin, os coordenadores Sérgio Guerra (PSDB) e Heráclito Fortes (PFL); os deputados Gustavo Fruet (PR), Carlos Sampaio (SP), e Júlio Delgado (PSB-MG); e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Convidados, os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e José Carlos Aleluia (PFL-BA) não conseguiram se mobilizar a tempo.

Abaixo, as principais deliberações do encontro:

1. concluiu-se que a campanha de Lula estruturou-se melhor no segundo turno. O presidente escalou ministros e políticos aliados para alvejar Alckmin. O petismo ocupou o noticiário. E Alckmin vinha respondendo aos ataques sozinho. Deliberou-se que, a partir de agora, as respostas às provocações de ministros como Tarso Genro (Relações Institucionais) e políticos como Jaques Wagner, governador eleito da Bahia, serão dadas pelo segundo escalão da campanha tucana, não pelo candidato;

2. a idéia é liberar Alckmin para fazer o embate propositivo, como vem fazendo Lula. Pesquisas telefônicas e de grupo revelaram que Alckmin está flertando com um risco: o de transformar Lula em vítima. O presidente, aliás, cuida para que o risco se acentue. Vem realçando em suas manifestações públicas o “descontrole” de Alckmin, que atribui à ausência de propostas de governo. O tucanato concluiu que, “para não cair no jogo de Lula”, a propaganda eleitoral televisiva deve limitar os ataques à cobrança em relação à origem do dinheiro do dossiê e à exposição de “obras virtuais” do governo Lula. De resto, só propostas, propostas e propostas;

3. além de responder aos ataques do petismo, a tropa de choque de Alckmin irá à ofensiva. A tática começou a ser posta em prática nesta segunda. Em reunião realizada em Brasília, os presidentes dos partidos que apóiam Alckmin – Tasso Jereissati (PSDB), Jorge Bornhausen (PFL) e Roberto Freire (PPS) – decidiram que irão nesta terça ao TSE. Pedirão ao tribunal que apure denúncia veiculada por Veja (PARÊNTESES: A PROPÓSITO DESTE ASSUNTO ESPECÍFICO, LEIA AS TRÊS PRÓXIMAS NOTAS, E SABERÁ O QUE PENSA O EDITOR DESTE SITE). FECHAR PARÊNTESES) de que o governo estaria agindo para abafar a apuração do dossiêgate;

4. também nesta terça, o deputado Carlos Sampaio apresentará, em reunião da CPI das Sanguessugas, requerimentos de convocação dos principais envolvidos no episódio. Entre as pessoas que o tucanato deseja arrastar para a CPI está…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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