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Vestibular. UFSM propõe aumento de 50% na taxa para fazer o concurso. A pergunta: precisa?

Cá entre nós, não fica bem para uma organização pública ficar aumentando preço disso e daquilo. É o caso da Universidade Federal de Santa Maria, cujo Conselho de Curadores (que tem, entre outras atribuições, tratar das questões financeiras da instituição), propôs um reajuste de quase 50% na taxa de inscrição do vestibular 2007.

Com a proposta, apresentada na sexta-feira, o custo a ser feito pelos candidatos passaria dos R$ 65 do último concurso para R$ 95. A pergunta é: já não é suficiente o valor atual? Pelo menos um conselheiro entende que sim. O ex-reitor Paulo Sarkis, como revela reportagem do jornal A Razão, em sua edição deste final de semana, se insubordinou contra a proposta e pediu vista.

Com a medida, uma decisão acabou adiada. E, tornada pública pela imprensa, mais exatamente pelo jornal, pelo menos haverá possibilidade de uma discussão, que será retomada nesta semana. Ou, pelo menos, o ex-dirigente da instituição marcou uma posição. Quer saber mais? Inclusive as explicações oferecidas para que tivesse sido proposto o aumento? Então leia, abaixo, trecho da reportagem assinada pela jornalista Carolina Carvalho>:

”Um susto no bolso dos vestibulandos
Conselho de Curadores da UFSM propôs aumento de 50% no valor da taxa de inscrição para o Vestibular 2007

Quem quiser uma vaguinha no próximo Vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) só vai poder esbanjar à vontade quando o assunto é estudo. A história é bem diferente no que diz respeito ao dinheiro para se inscrever no concurso: o negócio é economizar, e muito. Isso porque o Conselho de Curadores da instituição se reuniu ontem para discutir o novo valor na taxa de inscrição do Vestibular e a proposta foi de aumentar o valor atual em 50%. Resultado: de R$ 65,00, a taxa passaria a ser de R$ 95,00, uma idéia que vai deixar muito vestibulando de cabelo em pé e de bolso vazio.

Mas ainda não há motivos para conferir a poupança ou reprogramar os gastos do mês, porque a proposta não é definitiva. “Eu não concordo com esse aumento e por isso resolvi discutir a questão no Plenário. Um aumento de 50% é exagero”, protestou o ex-reitor da UFSM, professor Paulo Jorge Sarkis. Membro do conselho, ele pediu vistas da proposta que será revista em reunião na tarde da próxima terça-feira.

O ex-reitor acredita que um aumento de até 10% sobre o valor de R$ 65,00 seria justo. “Um aumento pequeno seria justificável em função de o vestibular acontecer em outras cidades no ano que vem. Mas nada justifica um aumento de 50%. O vestibular da UFSM, que era um dos mais acessíveis do país, passará a se equivaler aos vestibulares mais caros do Brasil. E eu não vejo motivo para isso”, considera ele.

A justificativa dos conselheiros para o reajuste é de que o dinheiro das inscrições poderia ser usado em ações como a compra de livros ou a solução de problemas estruturais nos cursos da Universidade. “Eu não vejo como uma boa justificativa. Nós nunca usamos dinheiro do vestibular para outras coisas. É preciso considerar que a taxa do vestibular, no fundo, é quase como um imposto que é revertido e usado na sociedade”, rebateu Sarkis, que esteve à frente da Administração da Universidade de 1997 à 2005.

Em entrevista ao Jornal A Razão quando do processo de inscrições para o último concurso, o Presidente da Coperves, professor Dario Trevisan, esclareceu onde era empregado o valor das taxas. “Concursos como o Peies e o vestibular geram custos durante os 12 meses do ano. Os quatro dias de provas representam uma pequena parte do processo. Taxas bancárias, treinamento de fiscais, encargos sociais, pagamento de pessoal e transporte são apenas algumas das muitas contas pagas com o dinheiro das inscrições”, explicou.

No ano passado, a taxa não sofreu nenhum tipo de reajuste e se manteve nos mesmos R$ 65,00 do Vestibular 2005. O que evitou o aumento do valor foi a inovação das inscrições pela Internet. Os recursos, antes destinados para a impressão de manuais, custos com postagens, distribuição de materiais, entre outras coisas, puderam ser aplicados em outros setores. Mas se engana quem acha que o aumento poderia ser justificado pelo fim das inscrições online. Elas continuam para o Vestibular 2007.

Para o Vestibular 2006, 18.470 candidatos se inscreveram. Se a proposta do conselho for aprovada e o novo valor for confirmado, a concorrência deverá ser menor no ano que vem.

Sarkis vai elaborar uma contraproposta para a próxima reunião. “Não sei exatamente de quanto será o aumento que vou…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas desde a manhã deste sábado

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