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Yeda x Olívio (final). Foi um confronto duro. Sem qualquer concessão. E um ótimo programa

Não tenho a menor dúvida: o debate da RBS-TV, que encerrou há alguns minutos, entre os candidatos ao governo gaúcho, Yeda Crusius e Olívio Dutra, foi, looooonge, o melhor entre todos os que foram possíveis assistir nessa campanha eleitoral. Nenhum outro, nem os que reuniram os concorrentes à Presidência, apresentaram tantas descargas elétricas, a mexer com a adrenalina dos participantes. E dos espectadores.

Foi um toma-lá-da-cá de tirar o fôlego. Não houve muito tempo para respirar. Ele fustigava ela, que respondia e contra-atacava. Ela tentava acuá-lo. Ele não refugava, e retrucava. Enfim, sob esse aspecto, um glorioso empate se verificou.

É verdade que, ao menos a mim, pareceu que as últimas pesquisas perturbaram Yeda. Ainda a favorita. Mas era mais. E isso a deixou nervosa e, por vezes, insegura – ao contrário de seu oponente. Só não sei se isso terá alguma relevância, faltando pouco mais de 48 horas para o início do pleito. Mas foi assim, na minha avaliação.

Ah, e antes que me esqueça: como programa de televisão, não houve outro, também, nos últimos tempos. Supimpa. Em todo caso, opiniões a parte, reproduzo a seguir a reportagem do debate, feita pela equipe da página de “Eleições” do portal Terra. É possível, pela leitura, ter uma boa idéia do que aconteceu nos estúdios da RBS. Confira:

”Debate: Yeda e Olívio partem para o fogo cruzado

O último debate entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul Olívio Dutra (PT) e Yeda Crusius (PSDB), exibido na noite desta quinta-feira na RBS TV foi marcado pelo enfrentamento desde a primeira pergunta.

O candidato Olívio Dutra (PT) abriu o debate questionando Yeda sobre a proposta de separar a Secretaria da Justiça e Segurança em duas, modelo implementado pelo PSDB em São Paulo, Estado onde nasceu o Primeiro Comando da Capital (PCC). A candidata do PSDB logo disparou que Olívio estava associando o PCC e a proposta. “O senhor induz a isso e eu não aceito”, respondeu. Para Yeda, a divisão é necessária para tornar o trabalho dos órgãos de segurança mais ágeis.

No segundo bloco, Olívio voltou a abordar a segurança pública e relatou do medo de que a facção criminosa PCC se instale no Estado. Yeda disse que a segurança será prioridade de governo e atacou Olívio. “A sua experiência como administrador foi desastrosa”, criticou, acrescentando que Olívio teria partidarizado a segurança pública. “Em segurança pública, nenhum pior que a sua pode ser citada.”

Ainda no primeiro bloco, Yeda perguntou por que Olívio teria investido mais em publicidade que em saúde. “O senhor gastou R$ 192 milhões em publicidade e R$ 27 milhões em saúde. Isso não é uma inversão de prioridade?” O petista negou as informações. “Mais uma vez a senhora está utilizando uma meia verdade que é pior que uma verdade inteira. Nós gastamos menos em publicidade, com média de 10,6% da receita líquida durante os quatro anos do governo”, afirmou.

Olívio insistiu na associação da adversária com as privatizações e prometeu que não reeditará o tarifaço (aumento da alíquota do ICMS que se encerrará em 31 de dezembro) implementado pelo governador Germano Rigotto. Yeda acusou Olívio de ser irresponsável ao dizer que reduzirá impostos já no primeiro dia de governo. “Acho que não devemos repetir promessas que não foram colocadas em prática e depois voltar a trás”, afirmou, referindo-se a propostas de aumento de ICMS encaminhadas por Olívio durante seu governo (1999-2002). Ela também disse que a medida era eleitoreira porque teria sido feita na semana da campanha eleitoral.

A candidata do PSDB disse que Olívio promete reduzir o número de cargos em comissão, mas teve em seu governo três vezes mais que o do governo atual.

Olívio afirmou que não prometeu crescimento acima da média nacional antes de seu governo, mas que isso tornou-se possível graças a um trabalho sério. Sobre o agronegócio, Olívio apresentou números de poços artesianos instalados e o apoio oferecido à agricultura familiar. “Nosso governo foi o que mais investiu em agricultura familiar. O PIB agropecuário cresceu 21%”, informou Olívio, acrescentando que esses investimentos foram os que contribuíram para o crescimento do Estado…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página de Eleições do Portal Terra na internet, no endereço http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1214693-EI6678,00.html

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