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Briga à vista. Arapongas perderão espaço para a Polícia Federal. E não estão gostando

É uma mudança e tanto, se confirmada. O, argh, famigerado Serviço Nacional de Informações (SNI) dos tempos do regime militar, primeiro virou ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). Mas seus arapongas continuaram a agir, em alguns casos, com a mesma truculência e maldade anterior, agora sob o manto da democracia. Mas já foi um avanço: afinal, o serviço deixou de ser tããão secreto assim e passou, na maior parte (não em toda, lamentavelmente) mais comprometido com o País, e não com meia dúzia de mandões.

Pois agora, segundo reportagem que a revista IstoÉ, que já está nas bancas, a ABIN será rebaixada, devendo transformar-se em um braço da Polícia Federal. Claro, os bisbilhoteiros não estão gostando nada disso. Afinal, perdem poder. Vamos ver como é essa história, no texto assinado pelos repórteres Hugo Studart e Hugo Marques

”Espião versus espião
Governo decide tornar a Abin um setor dentro da Polícia Federal. Arapongas reagem, disparam ameaças e abrem guerrilha de contra-informações

Houve um tempo em que, às primeiras horas da manhã, os presidentes se sentavam com o ministro responsável pelo setor de inteligência do governo. Esse hábito perdurou de Castelo Branco, o marechal que criou o Serviço Nacional de Informações (SNI), a Fernando Henrique Cardoso, o sociólogo que extinguiu o “serviço”, mas, com a outra mão, criou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Desde que o governo Lula começou, a Abin entrou em crise profunda. O presidente jamais convidou para as reuniões do círculo íntimo do poder o ministro da área, general Armando Félix, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele olhava a Abin com desconfiança. Com o tempo, foi se afastando cada vez mais de Félix, esvaziou-o, passava semanas sem recebê-lo, até decidir extinguir seu cargo no próximo governo. Agora, Lula está decidido a rebaixar a própria Abin. Dias atrás, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, levou ao presidente um plano para fundir a Polícia Federal com a Abin. Com a PF no comando, naturalmente. Lula foi sincero: “Gostei da idéia, estou de acordo!”

A Abin, segundo esse plano, pode se tornar um simples departamento da Diretoria de Inteligência da PF (DIP), na qual nascem as maiores operações policiais da instituição. Será como se a CIA, a agência onde operam os cinematográficos espiões americanos, de repente tivesse de prestar contas aos policiais do FBI. “Queremos um casamento de véu e grinalda”, explica um ministro.

Lula já mandou Thomaz Bastos preparar uma minuta de legislação para permitir a encampação. Quando sair, irá sacramentar uma espetacular inversão de comandos. Por muito tempo, afinal, a PF foi um braço policial do SNI, dirigido por coronéis do Exército. A partir da nova legislação, porém, terá controle sobre a velha estrutura. A medida provisória sobre o assunto deve ficar pronta nesta semana.

Muitas das articulações pela extinção da Abin estão sendo feitas sem o conhecimento do general Félix. Na semana passada, ele estava em missão pelo Oriente Médio, junto com o diretor-geral da Abin, Márcio Buzanelli. Lula já o chamou de volta. Mandou que se apresentasse a seu gabinete assim que retornar das Arábias. Mas a notícia vazou, e uma conspiração teve início em Brasília…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página da revista Carta Capital na internet, no endereço http://www.terra.com.br/istoe/1935/brasil/1935_espiao_x_espiao.htm.

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