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Congresso. Menos nuvens do que se imaginava. Civilidade e interesse nacional prevaleceram

Para quem esperava muita tensão, na primeira semana efetiva de discussão no Congresso Nacional depois da eleição, foi uma frustração. Até mesmo a CPI dos Sanguessugas, com depoimentos de três ex-ministros da Saúde foi um verdadeiro ato de cavalheiros – mal comparando. O confronto que alguns previam simplesmente passou ao largo do Parlamento.

E até o Estatuto da Microempresa passou bonito pelo Senado. E estima-se que logo, logo a Câmara vai resolver a questão. Aliás, também está com os deputados federais a votação do Fundo da Educação Básica (Fundeb) e não há mais um só que acredite em qualquer oposição ou obstrução à proposta – de resto do interesse maior da Nação.

Quem comenta o que aconteceu, e como aconteceu, a semana é o jornalista da TV Bandeirantes, Franklin Martins, em sua página na internet. Confira:

”No Congresso, vento sopra a favor de Lula

O clima no Congresso, que já havia melhorado na semana passada, deu novos sinais de distensionamento nos últimos dias. O Senado aprovou por unanimidade a Lei Geral da Pequena e da Micro Empresa, esquecida numa gaveta desde o início da campanha eleitoral. Ela retorna agora para o exame dos deputados, mas tudo indica que em duas semanas a situação estará resolvida. A Câmara também retomou as votações, aprovando várias medidas provisórias. A expectativa é de que a lei do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica possa ser finalmente votada este mês, logo que a pauta, hoje travada por um bom número de MPs, seja desobstruída.

E mais: a CPI dos Sanguessugas ouviu os depoimentos dos ex-ministros Barjas Negri, Humberto Costa e Saraiva Felipe num clima de civilidade. Não se assistiu tampouco a qualquer tempestade tropical no Congresso devido ao fato do o ex-ministro José Serranão ter atendido ao convite para prestar esclarecimentos à comissão. O sentimento generalizado, tanto entre os parlamentares governistas como oposicionistas, é de que não há provas ou evidências da participação dos ex-ministros na quadrilha. O melhor a fazer é deixar as investigações nas mãos de quem vem conduzindo-as com competência: a Polícia Federal, devidamente acompanhada pelo Ministério Público.

Há quem interprete esses sinais de bom senso como uma comprovação de que, nos bastidores, o governo e a oposição estariam negociando um acórdão. Sinceramente, não há disso. Apenas, os dois lados estão se adaptando à nova situação política surgida das urnas: Lula teve uma vitória espetacular, a oposição ainda não conseguiu digerir os resultados e a nova correlação de forças é mais favorável ao governo do que a anterior. Em suma, o Congresso está exausto das sangrentas batalhas que marcaram os últimos 18 meses e o vento passou a soprar a favor do presidente.

Esse ambiente, evidentemente, favorece a aprovação de projetos de interesse do governo e isola o setor da oposição com a faca nos dentes. Ninguém mais fala em “terceiro turno” ou “eleição sub-judice”. Ninguém mais dá atenção também a quem propõe a formação de novas CPIs com o objetivo de deixar o Palácio do Planalto nas cordas. O que mais se ouve no Congresso hoje em dia, mesmo entre oposicionistas, são frases como “não vou atrapalhar o presidente” e “não contem comigo para fazer oposição extremada”.

Numa rodinha de jornalistas, no cafezinho da Câmara, chegou-se à conclusão de que o clima, hoje, no parlamento pode ser resumido tomando emprestados, livremente, os famosos versos de Zeca Pagodinho: “Deixa o presidente me levar”. O número dos que buscam ou já encontraram um pretexto para baixar as armas é impressionante. Essa mudança de clima chega a ser exuberante no PMDB. Até a aguerrida seção do Rio Grande do Sul decretou um armistício nas relações com o governo. Seus dois mais prestigiosos líderes, o senador Pedro Simon e o governador Germano Rigotto, anunciaram que…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=no-congresso-o-vento-sopra-a-favor-de-lula.

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