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CPI do Tráfico de Armas 2. Relator não foi Pimenta, mas o Espírito Santo. Para o ClicRBS

Algumas perguntas precisam ser respondidas de preferência no primeiro parágrafo da notícia. É o que diz o manual seguido por 10 entre 10 jornalistas e/ou veículo de comunicação. São elas, salvo engano: quem, o que, por que, onde, quando e como. Curiosamente (não deve ser por outra razão, além da incompetência, claro), pelo menos uma dessas perguntas fundamentais não é respondida em momento algum pela reportagem sobre o Relatório da CPI do Tráfico de Armas, ontem, em Brasília publicada pouco depois das 19h, pelo site de notícias do ClicRBS, o braço de internet do grupo RBS.

A menos que, além de careca eu esteja ficando cego, não li em nenhum lugar do texto abaixo, o nome do relator da CPI do Tráfico de Armas. E olha que, salvo engano, a notícia era exatamente o relatório. Geeeente!!!! Para o ClicRBS, o relator da Comissão deve ter sido o Espírito Santo. E não, como todo mundo achava que sabia, o deputado santa-mariense Paulo Pimenta.

Mas vai que eu esteja enganado. Leia você mesmo e confira se o nome do “quem” aparece escondido em algum lugar:

”RS é um dos principais pontos de entrada ilegal de armas no país
Relatório de CPI pede maior patrulhamento nos rios Quaraí e Uruguai

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, apresentado nesta tarde, apontou as cidades de Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí e Livramento, no oeste gaúcho, como alguns dos principais pontos de entrada ilegal de armamentos no Brasil. O contrabando abasteceria quadrilhas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O documento indica medidas de combate ao crime, como um maior patrulhamento naval nos rios Quaraí e Uruguai, e o aumento da fiscalização interna e nas fronteiras.

O relatório também pede o indiciamento de Marcos Willians Camacho, o Marcola, apontado como líder do crime organizado em São Paulo, além de sete advogados, contrabandistas de armas e pessoas que falsificaram concursos públicos. No total, a CPI pede o indiciamento de 16 pessoas.

Eles são responsabilizados por atentados cometidos pela facção criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) naquele Estado em maio deste ano. O relatório sugere que eles sejam indiciados por homicídio qualificado e por motim.

Entre os advogados denunciados estão Maria Cristina Rachado, Ariane dos Anjos e Suzana Volpini, já presas. O documento também pede o indiciamento do advogado Sérgio Wesley da Cunha, que está em liberdade.

Para o relator, os advogados tiveram papel fundamental na troca de informações entre os presos. Para Wesley e Maria Cristina Rachado o documento pede também o indiciamento por corrupção ativa, por terem subornado o técnico da CPI, Arthur Vinicius Silva, para conseguir cópias de depoimentos sigilosos.

O documento também recomenda o indiciamento de Marcola e da advogada Ariane dos Anjos pelo assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente, Antônio José Machado Dias, em 2003. A advogada não tinha até agora sido envolvida no crime. Marcola já é processado no caso. Para Ariane e Suzane está sendo pedido indiciamento por formação de quadrilha, falsidade ideológica e utilização de documentos falsificados.

Por tráfico de armas, será pedido o indiciamento de Carlos Henrique Gross, médico do Rio Grande do Sul, e do tenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Walter dos Santos Paraíso. Eles foram presos com armas e munição. Também está sendo pedido o indiciamento de técnicos do Judiciário pelas fraudes em concurso público e de pessoas que facilitaram o acesso aos presídios de gente ligada à facção criminosa.

O relator sugere ainda no documento a polêmica revista de advogados nos presídios, medida que o próprio relator reconhece vai enfrentar resistências na comissão.

A CPI também está propondo um projeto de lei igualmente polêmico, que retira do exército o poder de fiscalizar a venda e o porte de armas de fogo no país, transferindo a responsabilidade para a Polícia Federal. O presidente em exercício da comissão, deputados Arnaldo faria de Sá, criticou veementemente o Exército, que não teria repassado à CPI informações solicitadas pelos parlamentares para a conclusão dos trabalhos.

O relatório não foi votado nesta terça porque já houve um pedido de vista. A votação deverá ocorrer somente no dia 29. O texto ainda não é final, já que a CPI poderá aceitar sugestões de parlamentares. “



OK, OK. EU talvez tenha me enganado e copiado o arquivo errado. Então vai a este endereço e leia de novo. É isso, ou foi mesmo o Espírito Santo. Confira em http://www.clicrbs.com.br/clicnoticias/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&tab=00002&newsID=a1352112.htm&subTab=235, publicado às 19h04 de ontem.

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