Educação. Nos 17 anos da Sedufsm, o legado de Paulo Freire é tema de palestra e discussão
Até o final do mês, uma série de atos políticos, educacionais e culturais marcam os 17 anos da Seção Sindical dos Docentes da UFSM, completados nesta terça-feira, 7 de novembro. Na primeira atividade, o legado de Paulo Freire, um dos maiores (talvez o maior) pensadores e educadores brasileiros, foi tema de palestra na sede da entidade.
Confira, a respeito do encontro que reunião quase 40 pessoas, o relato feito pela assessoria de imprensa da Sedufsm, distribuído aos veículos de comunicação:
Construção autônoma do conhecimento é legado de Paulo Freire, afirma Balduíno Andreolla
Debate sobre as idéias de Paulo Freire ocorreu nesta segunda, 6 de novembro
A noite desta segunda-feira, 6, marcou o início das atividades em comemoração aos 17 anos da SEDUFSM. A palestra sobre o Legado de Paulo Freire contou com a exposição dos professores, Balduíno Andreola (Unilasalle), Ane Carine Meurer (UFSM) e Celso Ilgo Henz (UFSM).
Na sua fala, Balduíno Andreola disse que torce para que Paulo Freire seja superado, mas superado pelos fatos, pelos acontecimentos, quando a opressão já não existir, pois daí a sua teoria não será mais necessária. Segundo o professor, o maior legado do educador é o desafio de construirmos de maneira autônoma o conhecimento.
Nesse sentido, Celso Henz enfatizou que Paulo Freire gostaria que a partir de suas idéias começássemos a dizer nossas palavras. Para o docente, ninguém nega a importância da teoria sistematizada, nem mesmo Paulo Freire, mas não se deve negar as diferentes manifestações na linguagem de quem não tem o conhecimento científico.
Para ilustrar as distintas formas de pedagogia, a professora Ane Carine Meurer contou a experiência da Escola Itinerante do Movimento dos Sem-Terra (MST). O projeto busca inserir docentes e acadêmicos dos cursos de graduação da UFSM no contexto das práticas pedagógicas das escolas itinerantes. Conforme a pedagoga, o MST aprendeu a dizer a sua palavra, concretizando o ideal de Paulo Freire. Baseado nesse exemplo, Balduíno Andreola ressaltou que novas pedagogias estão nascendo e que é preciso levar a sério a educação no meio rural. Não podemos incentivar o êxodo, observou.
No debate com a platéia foram suscitadas questões sobre os diferentes modos de educar utilizados hoje. O professor do Departamento de Metodologia do Ensino, Francisco de Freitas, questionou aos palestrantes se dentro da proposta pedagógica de Paulo Freire há espaço para a educação a distância. Balduíno Andreola lembrou que Paulo Freire sempre foi aberto a novos olhares. Não podemos ser contra a tecnologia. Se for para multiplicar a comunicação e o conhecimento isso é ótimo. Acho que os cursos a distância são um avanço, mas não sou especialista nesse tema, justificou.
Outra forma de conhecimento abordada foi o vestibular. Loiva Chansis, técnica-administrativa da UFSM, destacou que há uma estrutura formada para passar no vestibular. Nessa linha, Celso Henz disse que a perspectiva do Peies e do vestibular é excludente, é para uma minoria elitizada.
Retomando o legado de Paulo Freire, Balduíno Andreola usou de uma citação do autor para enfatizar a importância da educação: Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco, a sociedade não muda. O debate, que teve a coordenação da vice-presidente da SEDUFSM, professora Fabiane Adela Tonetto Costas, totalizou um público de 36 pessoas.
A programação de aniversário da SEDUFSM segue durante o mês de novembro. Nos dias 21, 22 e 23 de novembro acontece o I Colóquio sobre Comportamento e Instituições Políticas: Balanço das eleições e perspectivas do novo governo. No dia 28, haverá o lançamento do livro Reflexões Docentes, volume II. As atividades iniciam às 19h30min, no auditório da SEDUFSM. A programação encerra no dia 30 de novembro com a apresentação da Orquestra Sinfônica de Santa Maria, na Escola Marista Santa Marta, às 21h.
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