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Enquanto isso. PMDB – leia-se, governadores – tem convescote para aderir ao novo governo Lula

Que o presidente Lula quer o PMDB do seu lado no segundo governo, até as pedras que sobram em algumas ruas de Santa Maria já sabem. Que quer o maior partido do país unido (e não fragmentado) em torno dele, também não chega a ser exatamente uma novidade.

Há, no entanto, algo diferente nessa relação, a partir de 29 de outubro. Um desses fatores, e que conta muito, é o que o setor mais refratário a uma união com Lula e o PT no governo saiu muito enfraquecido das urnas. Tanto no plano legislativo como, especialmente, entre os sete governadores da sigla, escolhidos pelo povo. Dos sete, nada menos que cinco fecham com o lulismo e o apoiaram inclusive já no pleito de domingo passado.

São exatamente essas circunstâncias que fazem com que o presidente possa ter convicção de um acordo muito maior do que com apenas metade, pouco mais ou menos, do PMDB – como ocorreu nos primeiros quatro anos de governo.

Acontece que os governadores, sobretudo, também sabem disso. E, em função dessa circunstância, vão elaborar – pelo menos intencionam – uma espécie de programa comum. Ou, no popular, vão dizer quanto valem para ser “comprados” (no melhor sentido do termo) pelo governo novo.

Como e quando isso vai acontecer? Num doce retiro de quatro dias no Costão do Santinho, ponto paradisíaco da já por si só encantadora Florianópolis, da Santa Catarina governada por um dos dois (dos sete) que não fecharam com Lula, mas que admite rever a posição, Luiz Henrique da Silveira. E o convescote político-adesista-administrativo-mas-não-eleitoral (dizem) se dará entre 16 e 19 deste mês. Entre um fim de semana prolongado, antecedido de um feriado, na linda e bela Santa Catarina.

É. Esse encontro vai render, como conta o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, em sua página na internet. Confira:

”PMDB marca reunião para debater apoio a Lula

Os sete governadores eleitos pelo PMDB organizam um encontro para discutir a proposta de coalizão feita por Lula. Será uma reunião de quatro dias, entre 16 e 19 de novembro, em Florianópolis (SC). O presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), também estará presente.

O anfitrião Luiz Henrique da Silveira, governador reeleito de Santa Catarina, diz que o objetivo da reunião é “unificar” a posição dos governadores. Trabalha-se com a perspectiva de que eles terão um peso decisivo nas negociações que serão estabelecidas entre o PMDB e governo Lula.

O PMDB foi o partido que mais conquistou governos estaduais nas eleições deste ano. Dos sete eleitos, cinco apóiam abertamente Lula: Roberto Requião (Paraná), Sérgio Cabral (Rio de Janeiro), Paulo Hartung (Espírito Santo), Marcelo Miranda (Tocantins) e Eduardo Braga (Amazonas).

As duas exceções são o próprio Luiz Henrique e André Putinelli (Mato Grosso do Sul). Os dois apoiaram o presidenciável derrotado Geraldo Alckmin. Embora ambos tenham dificuldades de convivência com o PT de seus respectivos Estados, estão dispostos a compor com Lula, desde que o apoio ao governo resulte na reunificação do PMDB. Hoje, o partido está cindido em dois grupos – um governista e outro oposicionista.

Luiz Henrique esteve em São Paulo antes do feriado de finados. Jantou na casa de Michel Temer, que também apoiou Alckmin na disputa presidencial. Propôs a reunião dos governadores. E, mediante a concordância de Temer, começou a formular os convites aos colegas. O encontro de governadores será feito num resort elegante de Florianópolis, o Costão do Santinho. “Convivendo durante quatro dias, almoçando e jantando juntos, vamos chegar a um consenso”, acredita Luiz Henrique.

Antes da reunião dos chefes de executivos estaduais, Michel Temer deve avistar-se com Lula. O deputado aguarda para esta semana um convite do presidente. “Se formos chamados, como se anuncia, não poderemos deixar de conversar”, diz Temer. Depois de ouvir o que Lula tem a dizer, o presidente do PMDB deseja compartilhar as propostas do Planalto com os governadores.

Em seguida, Temer planeja convocar uma reunião do Conselho Político do PMDB. É um fórum amplo. Congrega as principais lideranças do partido. A lista de participantes inclui dos membros da Executiva a ex-governadores. Nesse encontro, pretende-se obter algo essencial para o êxito dos entendimentos com Lula: um mínimo de unidade partidária.

“Não é mais possível que o PMDB se mantenha fragmentado como se encontra”, diz Temer. O deputado prevê que há boas chances de êxito na negociação com Lula. Desde que a coalizão proposta pelo presidente não se limite à discussão de cargos, mas à discussão de programa e à delegação de “setores” do governo à gestão do…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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