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Fusões partidárias. Que idealismo que nada; o que preside incorporações, de fato, é o troco

A cláusula de barreira, em vigor a partir deste pleito, que garantiu vida plena no Parlamento, com todas as regalias, inclusive dinheiro do fundo partidário e espaço gratuito no rádio e na TV, traz influências decrescentes em todo o Legislativo brasileiro. Isto é: não ultrapassada na Câmara dos Deputados, as restrições ao funcionamento da sigla serão as mesmas em nível estadual (Assembléias) e municipal (Câmaras).

Não é por acaso, assim, que alguns afamados partidos tratam de fundir-se com outros e até trocando de nome (vide o caso do PR – Partido da República -, que une o PL ao Prona). Ou então incorporando siglas nanicas, como já fez o PTB (de Roberto Jefferson e, no caso gaúcho, Sérgio Zambiasi) . E como pretende fazer o PPS (que já professou a ideologia comunista e que hoje é um conglomerado de conservadores e reacionários, mesmo que neos, como seu presidente, Roberto Freire), em vias de atrair dois ou três minúsculos e, assim, manter-se como sigla forte economicamente.

A propósito dessas intenções nada ideológicas, mas puramente práticas, quando não expúrias e com laivos de falta de ética, para dizer o mínimo, escreve, com bastante propriedade, o jornalista Ilimar Franco, de O Globo, em sua página na internet. Aliás, em última análise, Franco fala até em “compra de mandatos”. Confira:

”Dinheiro e política
Dinheiro na mão


Há muito mais dinheiro em jogo do que idealismo nas fusões partidárias que estáo se realizando por estes dias no Congresso. O presidente do PTB, Roberto Jefferson, ao incorporar o PAN garante uma receita do Fundo Partidário de R$ 28 milhões nos próximos quatro anos.

Com a fundação do PR (Partido da República), resultado da fusão entre PL e PRONA, o novo partido assegura uma receita para os próximos quatro anos de R$ 27,6 milhões.

O presidente do PPS, Roberto Freire, ao incorporar o PMN e o PHS, vai ampliar sua receita oito vezes. Nos últimos quatro anos, o PPS recebeu pouco mais de R$ 3 milhões do Fundo Partidária, mas a partir do ano que vem terá uma receita para os próximos quatro anos de pelo menos R$ 24 milhões. É um grande negócio. Melhor do que qualquer mensalão.

Além disso, estes partidos terão um poderoso instrumento de cooptação de parlamentares: o tempo de propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão. Estes partidos têm para oferecer dois programas nacionais de 20 minutos por ano e mais…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando o blog do jornalista Ilimar Franco na internet, no endereço http://oglobo.globo.com/blogs/ilimar/.

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