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Futuro da economia. Como crescer, sem que isso signifique desestabilização. Eis, aí, o nó!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia seguinte à consagração das urnas, que lhe concederam um novo mandato de quatro anos no cargo mais importante da República, se viu às voltas com as mais variadas manifestações sobre o futuro da condução da economia brasileira. De cara, enquadrou quem, como Tarso Genro, disse que chegaria ao fim “a era Palocci” – numa referência ao primeiro ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Palocci, supostamente o titular das idéias de contenção econômica.

No entanto, ao mesmo tempo, o presidente reeleito vai à televisão e aos jornais, pessoalmente ou por terceiros, garantindo que é a hora de colher, depois do sacrifício do quadriênio inicial. Não é esta, convenhamos, uma contradição? Como crescer? Mantendo a condução econômica no ritmo palocciano fica complicado, para dizer o mínimo. Mas, então, Tarso tem razão só não poderia ter dito isso? É. Pode ser. Quem sabe seja.

Exatamente sobre essa contradição, que ele prefere chamar de “nó”, escreve a comentarista política Tereza Cruvinel, em sua página na internet. Vamos conferir o que ela pensa e diz, a seguir:

”O nó do crescimento

Era natural que no momento seguinte ‘a reeleição de Lula começasse a discussão sobre como fazer o Brasil crescer. Esta é a nossa questão central, esta era a promessa tanto de Lula quanto de Alckmin. O povo preferiu Lula, mas a agenda que importa é essa.

O ministro Tarso Genro pisou na bola ao falar em fim da era Palocci. Lula é devedor do Palocci, pelo que fez no Governo, no momento mais dificil, aquela desorganização da economia que se seguiu ‘a eleição de 2002. Em grande parte, vale recordar, produzida pelo temor do que seria o Governo Lula.

O presidente ontem enquadrou todo mundo, preocupado, com a disseminação de desconfianças. Não pode parecer agora que o Governo vai descuidar do controle das contas públicas nem da inflação. Ninguém está pensando nisso, pelas conversas que tenho tido com gente do governo. Agora, o país precisa crescer, gerar emprego, haver folga para investimento, ambiente favorável para que os empresários invistam.

O que o Governo pode fazer? Basicamente duas coisas: Uma: cortar gastos onde for possível, mas sem sacrificar o investimento em obras de infra-estrutura, necessárias ao desenvolvimento, nem os programas sociais, que ajudaram a garantir a reeleição do presidente. E reduzir os juros mais drasticamente. Com isso será menor o gasto do governo com encargos da dívida interna e o setor privado se sentirá mais estimulado. Isso é o que dizem os tais…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando o blog da jornalista Tereza Cruvinel na internet, no endereço http://oglobo.globo.com/blogs/tereza/.

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