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Novo governo. Quem vai falar com Lula, pelo PMDB? Michel Temer? Não necessariamente

A questão é só saber ate que ponto Michel Temer teria condições de negociar a participação do PMDB no segundo mandto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, até outro dia era o principal apoiador, entre os peemedebistas, da candidatura de Geraldo Alckmin, do PMDB.

Eis, aí, um belo de um dilema. Se por um lado, é o presidente do PMDB, que está louco para aderir em bloco (ou quase), de outro é visto com desconfiança por Lula que, obviamente, é o dono do tempo e da caneta nesse período de transição.

De qualquer forma, esse assunto é tratado com muita propriedade pelo jornalista Francklin Martins, comentarista da TV Bandeirantes. Aliás, Martins também toca noutro ponto muito importante: estar no governo (como na oposição) traz bônus inegáveis aos que o compõem. Mas também oferece ônus que não podem ser desprezados.

Quer saber mais? Leia o artigo que o jornalista publicou em sua página na internet. A seguir:

”PMDB: o ônus e bônus de ser governo

Os próximos dias serão decisivos para saber como terminará a novela da entrada do PMDB para o governo. Tudo indica que o partido aceitará por larga maioria a proposta de Lula para a formação de um governo de coalizão. Há resistências isoladas em alguns estados, como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí, mas, em quase todos os outros, caciques e dirigentes já deixaram claro que estão a favor de que o PMDB entre de mala e cuia no governo, mais ou menos nos termos que estão sendo propostos por Lula, ou seja, com o ônus e com o bônus.

O bônus implica que o partido terá forte participação na máquina do governo. Atualmente, ele comanda três ministérios. Passaria provavelmente para cinco, além de ter presença assegurada em estatais, fundações e autarquias. O sistema seria o de “porteira fechada”. No jargão político, significa que os ministros do PMDB terão controle total sobre suas pastas, nomeando e demitindo sem precisar pedir licença ao PT, como ocorreu no início do primeiro mandato. No caso de algum escândalo, o ministro responderá com sua cabeça pelo mal feito. Aos ouvidos do PMDB, essa parte da proposta – a da “porteira fechada”, bem entendido – soa como musica.

O ônus significa que o partido passa a ser também responsável pela sustentação parlamentar do governo, mais ou menos nos moldes existentes num regime parlamentarista. Se o governo for derrotado em questões importantes na Câmara e no Senado porque o PMDB negou fogo, ou seja, voto no plenário, seus ministros serão afastados dos cargos sem dó nem piedade. O Palácio do Planalto espera que, dessa forma, deputados e senadores peemedebistas passarão a ciscar para dentro, e não para fora, como é comum hoje. Caberia aos ministros manter alta a taxa de solidariedade ao governo nas bancadas, para evitar dissabores.

Evidentemente ninguém imagina que o PMDB passará a exibir uma unidade granítica no plenário. No Palácio do Planalto, fala-se na necessidade de uma cota de apoio mínima, estimada grosseiramente em 80 dos 89 deputados e em 17 dos 19 senadores. Esses números, porém, não são para ser levados à sério. O governo se contentará com uma cota mais modesta e realista, desde que confiável e fiel: 70 deputados e 15 senadores.

Para cimentar a formula do ônus e do bônus, dando-lhe um ar respeitável, o PMDB e o governo assinarão um documento programático centrado no crescimento econômico e na inclusão social. Com esse compromisso, acreditam as duas partes que se firmará um perfil de centro-esquerda para a coalizão governamental….”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=pmdb-o-onus-e-o-bonus-de-ser-governo.

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