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Observatório. “PDT e PT, um flerte inusitado”

OBSERVAÇÃO: Essa nota é seguida de outra, que postarei em poucos minutos


O namorico que pode
virar noivado e, quem
sabe, até dar casório


No início, foi um simples comentário. Depois, uma afirmação mais ou menos incisiva. E, nesta semana, alguém bem próximo ao PT, deixou escapar: “pode publicar, é por aí”. Sim, petistas e partidários do time do falecido Dr Leonel estão no flerte. Nada de pegar na mão, ainda. Muito menos andar em público. Mas o namoro já passou da fase do olhar 43 e se encaminha para as conversas ao pé da escada, na entrada da casa. E isso quem disse à coluna foi um ex-integrante da administração Valdeci, mas ainda próximo dela.

O primeiro beijo não demora. Se é que já não aconteceu, no escurinho do cinema. A paixão não chega a ser assim, digamos, arrebatadora. Mas, quem sabe não chega lá. Por enquanto, parece mais um namoro de ocasião. De um lado, o PT, desenxabido com a solidão ideológica na cidade e imerso em alguns conflitos familiares. De outro, o PDT meio desacorçoado com duas derrotas seguidas para a Prefeitura (como vice de Osvaldo Nascimento numa, e de Cezar Schirmer, noutra) e desempenho pífio para a Câmara. E sentindo que seu espaço se apequena na cidade. Por que não um novo amor, capaz de despertar aquela paixão escondida na história de luta de um partido que já foi (sob o nome do antigo PTB) uma legenda e tanto na Santa Maria dos ferroviários.

Quer mais um sinal? Nesta semana, o presidente do PDT, Juici Passini, entrevistado, declarou desinteresse dos pedetistas locais em participar do governo de Yeda Crusius. E, ato contínuo, deu conta da simpatia santa-mariense diante da possibilidade de o partido entrar na caravana de Lula, em Brasília. Você acha pouco? Até dias atrás o PT era o demônio, agora virou namorado possível? É, virou.

Casamento? Aí já é querer demais. Para agora. Mas quem sabe no ano que vem. Ou em 2008, o que tem eleição municipal.

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