Opinião. Luciano Ribas e os contrastes, ou nem tanto, entre o Novo e o Velho Mundo
A mim algumas coisas saltaram aos olhos. A evidente divisão do trabalho entre imigrantes asiáticos, latino-americanos e africanos, de um lado, e europeus, do outro. Aos primeiros as tarefas intermediárias, braçais, menores; formalmente, eles estão ali, visíveis, mas coadjuvantes na cidadela. Aos segundos, a administração e o controle, a tarefa renovada de senhores, destino que lhes causa glória e indica sua decadência há décadas.
Mas o que mais me impressionou foi o desenho pós-moderno do espaço e do tempo naquele local. Não existem referências numa arquitetura pensada para o transitório, onde em dias as fachadas podem ser outras e o passado pra sempre apagado. Nem o tempo pode ser contado pelo deslocamento do sol, simplesmente porque o mundo ali é fechado, autônomo, condenado ao presente eterno pela troca constante dos que atendem e dos que são atendidos. Um lugar esteticamente belo, até podemos dizer, mas triste como todos os simulacros de felicidade que a sociedade consumista oferece.
Os parágrafos acima são parte do artigo A cidadela, do colaborador dominical deste site, Luciano Ribas, excepcionalmente publicado nesta quarta-feira, em função de viagem oficial do articulista à Europa. Basta ir à caixa de Artigos, ao lado, para lê-lo na íntegra. Boa leitura!
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