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Oposição. PFL, maior entre as siglas derrotadas, projeta o futuro, cuidando das feridas

Pela direita do espectro político, não há dúvida, o PFL é o maior de todos. Mas já nem tããão maior. Tem decrescido em número de votos e postos de mando. No pleito recentemente encerrado, por exemplo, perdeu, para o PSDB, a terceira posição entre os que mais têm deputados federais. Os primeiros são PMDB e PT. E ostenta apenas um governador. No caso, o do Distrito Federal – justamente o mais próximo (e portanto dependente) do poder central.

Além de tudo, parece um time de futebol cheio de veteranos. E começam as aposentadorias. A começar pelo presidente, um digno representante do conservadorismo mais reacionário, defensor emérito (e devidamente recompensado por isso) do regime militar, Jorge Bornhausen, que será confinado a um instituto qualquer, daqueles que existem apenas para exilar aposentados políticos. Outro que o tempo vai expurgar é “Toninho Malvadeza”, ops, Antonio Carlos Magalhães, que aliás sofreu a mais doída das derrotas pefelistas, na Bahia, para o petista Jaques Wagner.

Quem vai assumir, no lugar desses decanos? A “nova guarda” da direita pátria, representada, por exemplo, por Rodrigo Maia, filho do prefeito do Rio de Janeiro, Cezar Maia, e o neto de ACM, não por acaso ACM Neto. Mas, até chegar lá, uma tática está aparentemente decidida: radicalizar a oposição a Lula, distinguindo-se, nesse aspecto, ao seu aliado preferencial recente, o PSDB. É, não vai ser fácil. Mas os pefelistas sabem disso, por certo.

Para saber mais sobre o futuro do PFL, confira a reportagem publicada no site do G1, o portal de notícias das organizações Globo. O autor é o jornalista da sucursal brasiliense, Leandro Colon. Dê uma conferida:

”DERROTADO NAS URNAS, PFL BUSCA RENOVAÇÃO E NOME PARA 2010
Pefelistas querem também posto de maior partido de oposição e trabalham para desvincular imagem do PSDB

O PFL tem duas missões para os próximos anos: encontrar uma liderança nacional capaz de disputar o Palácio do Planalto em 2010 e correr atrás do papel de maior partido de oposição do país, desvinculando-se cada vez mais do PSDB. Com um saldo negativo após as últimas eleições, o partido tenta corrigir erros do passado para garantir um espaço numa política cada vez mais polarizada entre tucanos e petistas.

Para caciques do PFL e integrantes da nova geração, chamados de “menudos” pelos mais velhos, o PFL precisa rapidamente preencher a lacuna deixada na legenda desde a morte em 1998 do então deputado Luiz Eduardo Magalhães (PFL-BA), ex-presidente da Câmara, considerado na época a esperança pefelista para chegar ao Palácio do Planalto. “Não se inventam lideranças. O talento tem que ser trabalhado”, diz o senador Heráclito Fortes (PFL-PI).

O partido tenta valorizar a nova geração, liderada pelos deputados Rodrigo Maia (RJ) e ACM Neto (BA), mas trabalha esses nomes para depois de 2014. Até lá, sonha encontrar alguém capaz de sair com chances em 2010. Caso contrário, os pefelistas admitem que não terão alternativa a não ser mais uma aliança, com o PSDB na cabeça de chapa.

Enquanto o partido não acha um nome capaz de se sobrepor aos dos tucanos José Serra, Aécio Neves ou Geraldo Alckmin, cotados para 2010, os pefelistas adotam o discurso de que é cedo para discutir se terão ou não candidato próprio daqui a quatro anos.

“Vai chegar o momento em que a sucessão vai ser tratada. Esse negócio de candidatura própria é importante até um certo ponto. Candidatura é questão de momento. Quem convence isso é a realidade eleitoral”, admite Heráclito.

Eleições 2006

O PFL saiu menor do que entrou nas eleições deste ano. Mesmo elegendo um deputado a mais que em 2002, com 65 cadeiras, o PFL perdeu o posto de terceira maior bancada da Câmara para o PSDB – PT e PMDB ocupam o segundo e o primeiro lugares, respectivamente. Se em 2002 o partido elegeu os governadores de Sergipe e Bahia, neste ano teve de se contentar apenas com o Distrito Federal.

No Senado, teoricamente, o PFL ficou com 18 senadores após o resultado eleitoral, o que seria a maior bancada a partir de 2007. Entretanto, com a saída de Roseana Sarney (MA), que deixou a legenda após declarar apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e outras possíveis trocas até fevereiro, o PFL pode perder o posto para o PMDB – provável destino da própria Roseana.

Publicamente, os pefelistas tentam minimizar o resultado das urnas, mas sabem que o partido precisa encontrar um caminho próprio que o mantenha aceso no cenário político do país. “As urnas têm que ser ouvidas como ensinamento”, diz o líder do partido no Senado, José Agripino (RN). “Qualquer prognóstico é precipitado. Fomos derrotados, diminuímos, mas ainda estão todos na ressaca”, afirma Heráclito.

Oposição

Preocupado com seu futuro, o PFL começa a tratar do comportamento político que adotará a partir de 2007. O primeiro passo é não abrir mão de uma oposição dura ao governo Lula, sem a abertura de diálogo que o parceiro PSDB tem demonstrado aceitar. O PFL quer marcar posição como principal partido de oposição a Lula….”


SE DESEJAR ler a íntegra desta notícia, e outras informações sobre o encontro petista, pode fazê-lo acessando a página do “G-l”, o portal de notícias das Organizações Globo, no endereço http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1363184-5601-3792,00.html.

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