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Reunião inicial. Lula quer metas ambiciosas para o novo mandato e estabelece as prioridades

No primeiro encontro da coordenação de governo, depois do segundo turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro para seus principais auxiliares que pretende definir (e exigir o cumprimento de) metas mais ousadas para o segundo mandato, que inicia em janeiro.

Essas metas prioritárias, conforme reportagem de Ricardo Amaral, da agência de notícias britânica Reuters, serão estabelecidas especialmente para os setores de infra-estrutura, saúde, educação e programas sociais.

No entanto, ainda segundo o relato de Amaral, a realização desses objetivos depende da construção de uma base parlamentar mais consistente da obtida no primeiro mandato. Há o estímulo presidencial, inclusive, para a construção de uma frente partidária “formal e estável, com cargos no governo e posições de comando no Congresso”.

Convenhamos, trata-se de tarefa que, embora facilitada pelas relações normais entre parceiros logo após uma eleição, não será construída do dia para a noite. Mas há otimismo, em todo caso, no Palácio do Planalto. Confira, a seguir, a reportagem da Reuters:

”Lula reúne coordenação e renegocia metas para novo governo

Uma semana depois de ter sido reeleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta segunda-feira a coordenação de governo para informar os ministros sobre a “renovação do contrato” da equipe e as mudanças a partir de 2007.

De acordo com um auxiliar muito próximo, com quem conversou antes da reunião, Lula quer deixar claro que assumiu a coordenação política, já definiu os objetivos da economia e vai exigir novas metas de cada ministério.

“O presidente considera o segundo mandato como um novo governo e se impôs o desafio pessoal de obter melhores resultados na economia, na articulação política e nos programas sociais”, disse a fonte à Reuters.

Lula, segundo essa fonte, está avisando que pretende manter basicamente a mesma equipe, mas quer trazer “gente nova, com experiência política e administrativa” para o ministério.

A área econômica foi a primeira a receber novas instruções, quarta-feira passada, que se resumem a promover maior crescimento da economia, mantendo a inflação baixa e as metas de superávit primário na área fiscal.

Lula está discutindo a política monetária diretamente com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ele permanece no cargo para manter a trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic). Terá de submeter a Lula os nomes de substitutos de diretores do BC que deixarem os postos, acrescentou a fonte.

“Para o segundo governo, Lula decidiu tratar crescimento econômico e articulação política como responsabilidades indelegáveis, mesmo que conduzidas pelos ministros e pelo BC”, disse o auxiliar do presidente.

O presidente não quer repetir o “erro de método” que julga ter cometido ao assumir em 2003, quando os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil) e Antônio Palocci (Fazenda) atuaram com autonomia na política e na economia.

Dirceu chegou a fechar um acordo para dar dois ministérios fortes ao PMDB, que Lula vetou. Palocci decidiu a política monetária com Meirelles até o terceiro trimestre de 2005, quando Lula os responsabilizou pelo crescimento medíocre.

Na reunião de quarta-feira, com Meirelles e os ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e Dilma Rousseff (Casa Civil), o presidente deu por encerrado o debate teórico sobre crescimento dentro do governo.

“Não me venham falar em desenvolvimentismo, mas em desenvolvimento”, disse Lula, segundo a fonte da Reuters, ao encomendar projetos e medidas voltados para esse objetivo.

FRENTE PARTIDÁRIA

Mesmo tendo anunciado, semana passada, uma reunião com os governadores eleitos e reeleitos, Lula não definiu data e formato. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, entrou de férias sem ter instruções sobre o encontro.

“Ninguém terá delegação para fechar acordos ou negociar posições e ministérios. Lula só vai tratar disso depois de conversar com os dirigentes dos partidos aliados”, acrescentou o auxiliar do presidente…


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página da “Reuters”, no endereço http://br.today.reuters.com/news/newsArticle.aspx?type=topNews&storyID=2006-11-06T154113Z_01_B430012_RTRIDST_0_MANCHETES-POLITICA-LULA-MINISTROS-POL.XML.

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