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Neolulismo. Assim, meio de repente, o apoio a Lula cresceu, cresceu… E cadê a oposição?

Chega a ser engraçado. Geddel Vieira Lima era um dos mais notórios adversários de Luiz Inácio Lula da Silva. O peemedebista, porém, está cotado hoje até a ser ministro.

Mas tem mais exotismo aí: o tucano, isso mesmo, ele é do PSDB, Eduardo Paes, foi um feroz adversário do governo em comissões parlamentares de inquérito, na Câmara dos Deputados. Pois, agora, na posição de secretário do recém eleito Sérgio Cabral, do PMDB, no Rio de Janeiro, torna-se simpático a Lula.

Mas, afinal, o que estará acontecendo, para que o presidente consiga, de alguma maneira, mais que neutralizar, trazer para junto de si a oposição? Especialmente na Câmara dos Deputados, onde o apoio a Lula chega a ser constrangedor, numericamente. A respeito, uma interessante reportagem assinada por Vivian Eischler, é publicada neste domingo pelo jornal Zero Hora. Confira:

”Um país quase sem oposição
Ao assumir pessoalmente as negociações com os partidos, o presidente conseguiu a façanha de atrair para o seu novo governo antigos desafetos, formando uma ampla maioria na Câmara

Cenas de opositores do governo comemorando a aprovação de CPIs e vencendo o Planalto na eleição do presidente da Câmara passaram para a posteridade. A partir de fevereiro de 2007, situações semelhantes serão difíceis de imaginar. Parte do time que comemorou derrotas de Lula mudou de lado. Os neolulistas ganharam espaço no PMDB, no PDT e até no PSDB.

– Talvez a única coisa que eu estivesse fazendo com mais intensidade se tivesse sido eleito governador seria virar amigão do Lula, mesmo sendo do PSDB. O Rio precisa do presidente da República – declarou há cerca de 10 dias o deputado federal tucano Eduardo Paes (RJ), ao ser anunciado secretário de Esportes pelo governador eleito Sérgio Cabral (PMDB).

Um dos algozes do governo no escândalo do mensalão, Paes é um dos que passa pela metamorfose típica do novo quadro político. A popularidade do presidente nas urnas e a farta distribuição de cargos em comissão provocaram um fenômeno que especialistas consideram incomum: um presidente eleito com minoria de partidos – 23,7% do Congresso – poderá levar uma maioria confortável de parlamentares a votar com o governo a partir de 2007.

Na história recente do país, apenas três presidentes foram eleitos em minoria, observa a cientista política Lucia Hippolito: Jânio Quadros (1961), Fernando Collor (1989) e Lula. Ela comenta:

– Os dois primeiros tiveram atitude de desconsiderar o Congresso. Lula teve atitude de formar maiorias. A primeira vez com o mensalão. Agora, institucionalmente.

Após o trauma do primeiro mandato, durante o qual caíram um a um os interlocutores com o Congresso – Waldomiro Diniz, José Dirceu, Antonio Palocci -, o presidente disse que comandaria a negociação a sua maneira. Conseguiu a proeza de unir 90% do PMDB – algo que não ocorria desde a eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 1985.

A explicação para o novo leque de amigos começa nas eleições estaduais. No Rio, onde Cabral escancarou apoio a Lula no segundo turno, a oposição do casal Garotinho foi desbancada. Na Bahia, outro ninho de neolulistas, o deputado federal…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/.

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