Observatório. Adiado enfrentamento petista
Ficaria muito feio
brigar na frente do
presidente nacional
Para os petistas que temiam (temem?) um enfrentamento que possa expor ainda mais as fraturas provenientes das diferenças entre as três correntes majoritárias em Santa Maria, a vinda à cidade, neste sábado, do presidente nacional interino da sigla, Marco Aurélio Garcia, é mais que providencial. No entanto, a postergação de uma discussão que a maioria considera necessária, ou até fundamental, não significa necessariamente que esteja tudo bem. Muito pelo contrário.
Na verdade, até onde foi possível apurar, é majoritária a posição em torno da agregação do PDT ao governo municipal. Contaria, ao menos, com o apoio do Grupo do Valdeci, e do PT Amplo, de Paulo Pimenta – o que garantiria maioria confortável na disputa interna.
Mas há rancores explícitos e que, se não resolvidos (entendem algumas vozes ditas sensatas da agremiação), redundarão em prejuízo objetivo para a idéia petista de, com aliança mais ampla, continuar comandando o executivo municipal a partir do pleito de 2008. Existem óbvias restrições do GV à Ação Democrática, de Fabiano Pereira e Fernando Menezes. E da AD em relação ao governo, com críticas fortes de cunho programático (não existe discussão interna, como a coluna ouviu) e, sobretudo, conjuntural – como a crítica ao fato de o Orçamento Participativo ter desaparecido da administração.
Como isso vai terminar? Não se sabe. Quando? Não será neste sábado. Afinal, fica feio brigar na frente do presidente nacional do Partido, não?
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