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Ônus e bônus. Yeda enquadra aliados que são contra o tarifaço e o pacote do novo governo

Cada vez que alguém ligado ao futuro governo gaúcho se manifesta, a impressão que se tem é que o forrobodó está pra lá de grande, nas hostes de Yeda Crusius, a governadora eleita que assume em 1º de janeiro. Quanto mais próximo formalmente da futura Chefe do Executivo, mais forte é a crítica à proposta, ou sugestão, ou balão de ensaio, ou que seja, acerca do possível tarifaço a ser apresentado como alternativa para ampliar a receita estadual.

São do PSDB e do PFL os discursos mais preocupados, digamos assim. Ou ferinos, para citar o caso do próprio vice-governador eleito, o empresário pefelista Paulo Feijó. Este, aliás, é um caso a parte a ser tratado por Yeda. Afinal, ele não pode ser afastado, simplesmente. Por uma óbvia razão: é eleito tanto quanto ela. E a renúncia (ou mesmo o afastamento obsequioso) não faz parte, ao que se sabe, do cardápio político de Feijó.

Ok, ok. Com ele não dá pra fazer nada. Mas isso não quer dizer que a bagunça ideológica tenha que persistir. É o que, imagino, deve ter pensado a governadora. Tanto que deu uma enquadrada nos aliados, nesta quinta-feira. Do tipo: se não estão satisfeitos que se retirem. Agora, se ficarem, terão que defender o governo, mesmo que as medidas em discussão não sejam exatamente uma simpatia.

É verdade: governar tem bônus. Mas o ônus está presente também. E, no caso específico, em dose cavalar, digamos assim. Mas Yeda Crusius roncou grosso com os parceiros “muy amigos”. Quer ver? Confira reportagem publicada pelo ClicRBS, o braço de internet da RBS e que, imagino, possa estar publicada também nos veículos impressos do grupo, como Zero Hora e Diário de Santa Maria. Dê uma lida no que fala a futura governadora:

”Yeda condiciona permanência de secretários a apoio ao tarifaço
Deputados que não votarem a favor podem ser descartados do governo

A governadora eleita Yeda Crusius afirmou na tarde desta quinta-feira que os deputados que foram escolhidos para o secretariado estão liberados para deixarem o governo se não aprovarem a proposta que será encaminhada para a Assembléia que contém o aumento da alíquota do ICMS. De acordo com a tucana, o déficit do Estado vai impedir que o pagamento da folha do funcionalismo em dia.

Yeda também afirmou que não aceita o rótulo de tarifaço, até porque a proposta não é conhecida. Além disso, a governadora eleita cobrou fidelidade dos aliados na Assembléia. – Eu não aceito discutir pelo jornal. Portanto estou liberando todo e qualquer deputado do estadual que não estiver junto conosco – disse Yeda.

Escolhido como Secretário do Turismo, o deputado estadual Luís Augusto Lara (PTB) concordou com a governadora:

– É justo que os deputados que fazem parte da base defendam os projetos do governo…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do ClicRBS na internet, no endereço http://www.clicrbs.com.br/clicnoticias/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a1379404.htm&subTab=00235&uf=1&local=1&l=&template=2503.dwt&section=Not%EDcias.

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