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Parlamento. Lula e o governo aparentam estar brincando, talvez esquecendo do caso “Severino”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga com várias possibilidades, no que toca à eleição para a Câmara dos Deputados. Só quer que assuma alguém que esteja com ele e seu projeto. De preferência, que seja o mesmo de hoje, o comunista do B, Aldo Rebelo. Mas talvez não ficasse triste, pelo contrário, se o eleito fosse Arlindo Chinaglia, a ser lançado candidato pelo PT. Ou mesmo com Geddel Vieira Lima, do PMDB hoje governista.

É, pode ser. Mas pode não ser. A idéia de que Lula e o governo estejam brincando não é minha. Mas poderia ser. É de Franklin Martins, comentarista da TV Bandeirantes, em artigo que publica em sua página na internet.

Franklin relata a movimentação governista – e também da oposição. E lembra de um fato que horroriza a todos: a eleição, num vácuo semelhante provocado pelas disputas internas, então do PT, do pernambucano de triste memória Severino Cavalcanti. Confira o texto:

”Governo está brincando com fogo mais uma vez

O governo tem todas as condições de emplacar um aliado na Presidência da Câmara pelos próximos dois anos. Afinal, os partidos da sua base contarão, pelo menos, com 300 dos 513 deputados, enquanto a oposição, no início da legislatura, terá, quando muito, 160 deputados, e dificilmente conseguirá apresentar um candidato alternativo com chances de vitória. Mas é bom o governo não brincar com fogo: eleições para presidente da Câmara e do Senado são sempre complicadas e exigem muita competência e poder de articulação.

Até agora, o Palácio do Planalto está deixando o processo correr frouxo, sem qualquer tipo de interferência, sob o argumento de que a matéria diz respeito ao Legislativo, e não ao Executivo. Foi o mesmo argumento que prevaleceu em 2004, com os resultados conhecidos por todos: o PT e a base aliada dividiram-se e, ao final de uma longa noite de punhais, deu Severino na cabeça, com todas as suas conseqüências.

De fato, as eleições para as Mesas da Câmara e do Senado são matérias do Legislativo, da mesma forma que a formação do ministério é assunto do Executivo. E por uma razão muito simples: no primeiro caso, são os deputados e senadores que batem o martelo; no segundo, é o presidente da República quem toma a decisão final.

Mas isso não quer dizer que esses processos sejam da alçada exclusiva dos poderes em que as decisões são tomadas. Tanto isso é verdade que o presidente da República está ouvindo as direções dos partidos para montagem do governo de coalizão. No frigir dos ovos, precisa saber com quantos votos de cada legenda poderá contar no parlamento para saber quantas pastas cada uma delas terá no ministério. Da mesma forma, as eleições das presidências da Câmara e do Senado interessam de perto à articulação política da base governista no Congresso, que, em última instância, é responsabilidade do próprio Palácio do Planalto.

Tudo indica que, nesta semana, a bancada do PT lançará o nome do paulista Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara. Nos próximos dias, o PMDB também se reunirá para postular oficialmente o cargo, podendo indicar tanto o nome do baiano Geddel Vieira Lima como o do cearense Eunício Oliveira. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, do PCdoB, aspira à reeleição. Aldo é o preferido de Lula, tendo também o apoio discreto do PFL e de parcelas do PSDB.

Se o comando político do governo deixar o barco correr nas próximas semanas, o mais provável é que essas candidaturas consolidem-se, tornando muito mais desgastantes eventuais desistências posteriores. O razoável seria…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo de Franklin Martins, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=governo-esta-brincando-com-fogo-mais-uma-vez.

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