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’Contra o Chile’. Redução de só 0,25% na taxa de juros fragiliza plano para aquecer economia

Há unanimidade. O próprio governo ficou decepcionado com a decisão do Conselho de Política Monetária do Banco Central. Em vez de no mínimo 0,5%, a taxa básica de juros foi reduzida em apenas 0,25%. E foi apenas 48 horas após o governo, do qual o BC faz parte, anunciar o Plano de Aceleração Econômica.

Dizem praticamente todos os analistas que li, além das opiniões divulgadas de vários integrantes do governo, que boa parte do sucesso do PAC se deverá a uma redução consistente dos juros. Então, por que o Copom foi, digamos, tímido? Essa pergunta talvez seja respondida em nota que publicarei mais adiante, ainda nesta madrugada. Agora, fiquemos com outras conseqüências. Quem as prevê é o comentarista político da TV Bandeirantes, Franklin Martins, na página que ele mantém na internet. A seguir:

”Vem aí um dilúvio de críticas na horta do BC

A decisão do Conselho de Política Monetária do Banco Central de reduzir a taxa Selic em apenas 0,25 ponto percentual foi uma ducha de água fria no governo. Afinal, nas cinco reuniões anteriores, o corte vinha sendo de meio ponto – e antes delas, o ritmo de queda nos juros era ainda mais intenso. Dessa forma, o BC bateu de frente com tudo o que o governo está querendo passar, no momento, para a sociedade. Fez questão de pisar no freio apenas dois dias depois do lançamento do PAC, um plano de aceleração do crescimento.

É evidente que o governo sabia que, nos próximos meses, o ritmo da queda da taxa Selic teria de ser suavizado. Se todas as oito reuniões de Copom em 2007 cortassem meio ponto, chegaríamos ao fim do ano com uma taxa nominal próxima a 9 pontos – em termos reais, abaixo de cinco. Levando-se em conta as expectativas do mercado financeiro e a estratégia cautelosa do Banco Central, esse cenário era para lá de improvável. Assim, se a mudança de patamar na redução de juros não se desse agora, certamente ocorreria na reunião de março ou, na melhor das hipóteses, na seguinte. Em algum momento, a inflexão teria de ser feita.

O problema é que ela foi feita nas barbas do PAC, no exato momento em que o governo está procurando mobilizar a sociedade para a criação de um novo ambiente político e econômico. É evidente que a decisão do Copom tem forte impacto negativo nesse processo.

Provavelmente, o BC alegará razões técnicas para fundamentar sua posição. Mas o próprio fato de que a decisão tenha sido tomada por estreita margem, revelando um Copom dividido, sugere que as razões técnicas que poderão embasar a resolução, por mais relevantes que tenham sido para cinco integrantes do conselho, não pareceram suficientes para justificar a inflexão nesse momento, aos olhos dos outros três. Certamente, aqueles que defenderam a redução de meio ponto da taxa Selic (e foram derrotados na reunião) também têm motivações técnicas para seus votos.

O próprio mercado financeiro estava dividido na questão. Afinal, os juros nominais e (reais) no Brasil são os maiores do mundo, a inflação está sob controle, o dólar está lá em baixo e não há qualquer sinal de uma explosão de…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo de Franklin Martins, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=vem-ai-um-diluvio-de-criticas-na-horta-do-bc.

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