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ELEITOS. Dinastias garantem vários deputados. Mas o ‘direito sanguíneo’ também apresenta as suas derrotas

Exemplos? Covatti Filho e Tiago Simon ungidos pelo povo. O filho de Beto Grill, não
Exemplos? Covatti Filho e Tiago Simon ungidos pelo povo. Já o filho de Beto Grill, não

O sobrenome pode garantir votos suficientes para garantir uma vaga no parlamento. Há exemplos vários no Rio Grande do Sul. Mas ele é insuficiente se, junto, não tiver, além da tradição, alguma coisa adicional. Pode ser simplismo, mas a derrota – que atingiu a vários, também – talvez seja explicada pelo trabalho politico considerado ruim pelo eleitorado. Aí, não há família que resolva.

Não foi um juizo de mérito. Apenas uma possibilidade. Que deve ser estudada por quem perdeu. Exemplos? Existem muitos, tanto no campo dos vitoriosos quanto no caminho em que ficaram os derrotados.

Nesse sentido, vale muito conferir o amplo material produzido e publicado originalmente pelo jornal eletrônico Sul21. Ele traz quem usufruiu das benesses do “direito sanguíneo”. E também os que, embora se utilizassem dele, ficaram para trás. A reportagem é de Jaqueline Silveira, com fotomontagem (de imagens de divulgação). A seguir, um trecho:

Sobrenomes famosos pesaram nas urnas

Boa parte dos herdeiros de políticos conhecidos do cenário gaúcho se deu bem nas urnas em 5 de outubro. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, nove (confira lista abaixo) dos 55 deputados carregam um sobrenome famoso. Na lista, estão deputados reeleitos para um segundo mandato como são os casos de Lucas Redecker (PSDB), Edgar Pretto (PT), Marcelo Moraes (PTB) e Silvana Covatti (PP). Os três deputados se elegeram pela primeira vez ancorados pelo trabalho dos pais –  Júlio Redecker, Adão Pretto (ambos já falecidos) e o atual deputado federal Sérgio Moraes (PTB), respectivamente. Já Silvana contou no primeiro mandato com a força do marido, o atual deputado federal Vilson Covatti (PP).

Dos novatos que integram a lista, estão dois trabalhistas: Eduardo Loureiro, ex-prefeito de Santo Ângelo, Região Noroeste, e filho do ex-deputado Adroaldo Loureiro; e  a primeira-dama Regina Becker Fortunati,  mulher do prefeito da Capital, José Fortunati (PDT). Também há dois representantes do PMDB: Tiago Simon, filho do senador Pedro Simon (PMDB), e Fábio Branco, pertencente a uma família tradicional de políticos de Rio Grande, Zona Sul do Estado, que inclui prefeito e deputado. O PP também terá um herdeiro político no parlamento. Trata-se do advogado Sérgio Turra, filho do ex-deputado e ex-ministro da Agricultura Francisco Turra.

Pai parceiro

Sem nunca ter disputado um cargo, Sérgio afirma que o trabalho do pai foi determinante, inclusive, para ele ser candidato. “A imagem (de Turra) me ajudou a chegar lá (Assembleia). Sem dúvida, o nome, a marca Turra pesou”, admite o advogado, orgulhoso da trajetória do pai. A maioria dos 36,5 mil votos veio da base eleitoral que foi de Francisco Turra: a Região Norte. Sérgio conta que o pai “foi um grande parceiro” na campanha eleitoral e será um conselheiro de confiança no seu trabalho de estreante no Legislativo. “Tenho o apoio em casa e ele dará boas dicas”, acrescenta o advogado, que é membro da Comissão Especial de Direito Agrário do Agronegócio da OAB do Rio Grande do Sul.

No parlamento, pretende construir a própria história e terá como uma das principais bandeiras o agronegócio, causa também defendida pelo pai. Ele explica que atuará em prol “da inovação e da agregação de valores” no meio rural, referindo-se ao fato de que o Rio Grande do Sul não poder ser apenas “um polo produtor e exportador”.  Sérgio, que é criador de cavalos, defende novas alternativas para o campo com o objetivo de oportunizar aos jovens condições de permanecerem na zona rural. O deputado eleito pretende, ainda, trabalhar por melhorias nas estradas e em temas como educação, saúde e desenvolvimento. “Também quero ser um aliado do empreendedorismo. Temos de valorizar quem gera postos de trabalho”, finaliza.

Pai conselheiro

A exemplo de Sergio Turra, Tiago Simon disputou a primeira eleição e será estreante na Assembleia Legislativa. O peemedebista destaca que o sobrenome Simon foi importante somado ao trabalho que fez junto a prefeitos e vereadores de diversos municípios há dois anos, quando decidiu concorrer. “Os aspectos mais decisivos foram mais dos conselhos (de Simon). A estratégia de apoio de prefeitos e de vereadores foi construída a partir do meu trabalho. O percentual de transferência de voto foi pequeno”, avalia Tiago, sobre a contribuição do pai, que é senador há 32 anos. O peemedebista explica que 85% dos 32,7 mil votos vieram das urnas de 25 municípios onde ele fez um trabalho intenso e estabeleceu parcerias como políticos locais para entrar como deputado preferencial.

“Obviamente, o sobrenome tem um peso no votar, mas só sobrenome não elege. É um cartão de apresentação”, afirma Tiago. Na Assembleia, ele projeta que terá de conquistar seu espaço para ter o trabalho reconhecido. O primeiro passo será atuar com “seriedade e qualidade”. “Quero seguir a mesma linha política do meu pai, mas com minha identidade”, avisa o deputado eleito. No Legislativo, ele pretende priorizar em “um projeto coletivo”, “no saneamento financeiro” do Estado e no fortalecimento da micro e pequena empresa. “Temos também de debater as grandes questões políticas”, prega Tiago…”

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