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Desperdício. Estado gasta R$ 39 milhões em aluguéis. E tem quase 600 imóveis largados

Chega a ser um acinte, observados os números, simplesmente. O Estado, segundo reportagem do jornal Diário de Santa Maria (e também de Zero Hora), são 593 imóveis espalhados pelo Rio Grande, sem uso. E são públicos, administrados pelo Governo. O mesmo Executivo que, em números atualizados, arca com aluguéis que somam R$ 39 milhões.

 

Há exemplos, inclusive, em Santa Maria. A Coordenadoria Regional de Educação funciona num prédio privado, ao custo mensal de R$ 16 mil. E tem uma sede que se desmilingue na avenida Presidente Vargas, à espera da reforma que demandaria algo como pouco mais de R$ 400 mil. Detalhe: faça as contas e descobrirá, facilmente, que em cinco anos pagando aluguel, e atualizando os valores, você, contribuinte, já gastou duas vezes e meia mais que o que seria necessário para resolver o problema. Ou estou muuuuito enganado?

 

Em todo caso, considero interessante a leitura do material publicado pelo DSM, na edição deste final de semana. E tomo a liberdade de reproduzi-lo parcialmente, abaixo. Dê uma olhada:

 

“Um banco imobiliário

Estado tem 593 imóveis abandonados, mas gasta R$ 39 milhões em aluguéis

 

Martelos, picaretas, serras. Esses não são instrumentos associados a nenhuma manifestação pacifista. Mesmo assim, quando, em julho do ano passado, operários chegaram com essas ferramentas no edifício onde funcionava a 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE), em Santa Maria, os moradores das redondezas previram o retorno da paz no lugar.

Construído há 23 anos, o prédio na esquina das avenidas Borges de Medeiros e Presidente Vargas, número 2.063, passou cinco anos abandonado. No local, funcionava a coordenação da rede estadual de Educação na cidade. Mas, em 2001, o Estado resolveu alugar uma sede na Avenida Medianeira porque havia muitas rachaduras nas paredes, no piso e no forro.

Enquanto ficou abandonado, o edifício virou ponto de encontro de prostitutas e usuários de drogas. Fezes humanas e pichações nas paredes eram comuns por lá. A reforma completa está orçada em R$ 418 mil. Por enquanto, o Estado liberou R$ 200 mil. Após a conclusão das obras, a 8ª CRE sai do prédio alugado por cerca de R$ 16 mil mensais e volta ao antigo endereço, mas não há prazo para que isso ocorra.

Num contexto em que a racionalização dos gastos se tornou urgente, há um contra-senso na gestão do patrimônio público gaúcho. Apenas na administração direta – órgãos do Executivo -, há 593 imóveis sem uso. Ao mesmo tempo, o governo gasta R$ 39 milhões por ano em aluguéis. São 1.291 prédios que abrigam órgãos públicos, como coordenadorias regionais, representações de secretarias e quartéis da Brigada Militar. O gasto anual com locações equivale a 9,1% de todos os investimentos do governo em 2006 e supera em 34% o que foi aplicado em quatro anos para programas de habitação.

Por outro lado, há 593 bens públicos sem utilidade. E a Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos não sabe quanto se gasta na manutenção destes imóveis. Na administração indireta, não existe um cadastro único com o total de propriedades desocupadas…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/.

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