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Eleições 2010. Hehehehe! E você fica aí pensando que o interesse deles é só o país

A análise do Plano de Aceleração Econômica tomou conta dos veículos de comunicação, nesta segunda e também nesta terça-feiras. Os desdobramentos das medidas contidas na proposta são agora tema das mais diversas elocubrações. E, claro, há elogios e críticas, o que é absolutamente natural. Eu mesmo pretendo expor alguns desses depoimentos acerca de pontos específicos do PAC, com a minha própria avaliação.

Mas há um detalhe que tem sido pouco explorado pelos colegas dos maiores veículos da mídia, notadamente aqueles que, afinal de contas, foram testemunhas do lançamento, no Palácio do Planalto. Me refiro exatamente à participação, na solenidade, dos governadores: foram 25 de um total de 27. O número já seria suficiente motivo para análise, no entanto isso, se ocorreu foi perifericamente, foi praticamente deixado de lado.

Há, porém, uma exceção. O jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, em sua página na internet, anotou (e escreveu sobre) a forma como foram tratados alguns governadores, mais especificamente José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Vale a pena ler. Garanto. A seguir:

”Para seduzir Serra e Aécio, Lula acena com 2010

No esforço que empreende para obter o apoio dos governadores de Estado ao seu plano de desenvolvimento econômico, Lula lançou mão, nesta segunda-feira (22), de um argumento eminentemente político: “Estou fazendo um esforço para o país voltar a crescer”, disse o presidente aos chefes de executivos estaduais. “Quero entregar o país melhor do que encontrei. Penso no Brasil. Já não posso concorrer à presidência. O próximo presidente pode sair desta sala.”

Terminado o encontro, que ocorreu minutos antes do lançamento formal do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), um governador petista achegou-se a Lula: “Parabéns, presidente. O argumento foi nota dez.” E Lula, com um riso nos lábios: “Precisava adoçar a boca do Serra e do Aécio.”

Os dois presidenciáveis tucanos eram aguardados com muita ansiedade no Planalto. José Serra confirmara presença na semana passada. Aécio Neves ameaçara ignorar o convite. Mas acabou cedendo à máxima de seu avô: “Convite de presidente da República não se recusa,” dizia Tancredo Neves. Dos 27 governadores só dois deram de ombros para a reunião do Planalto: o de Roraima, Ottomar Pinto, e o de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira.

Lula disse que deseja aproximar-se dos governadores. Gostaria de ter estreitado relações, segundo disse, já no primeiro mandato. Mas a conjuntura eleitoral “não deixou”. De novo, uma referência indireta ao PSDB de Serra e Aécio.

O presidente convidou os presentes para uma outra reunião. “Uma conversa mais calma, sem hora para acabar.” Chegou mesmo a marcar data: 6 de março. Fixou também a pauta: reforma tributária e reforma política.

Era notável o esforço de Lula para fazer com que Serra e Aécio se sentissem em casa. Em dado momento, a pretexto de descontrair Serra, deixou mal o governador Roberto Requião (Paraná). Deu-se no instante em que Serra entrou na sala em que se realizou o encontro.

O governador paulista estava ao lado do colega de Pernambuco, Eduardo Campos. Lula tricotava com Requião. Ao avistar Serra, puxou-o pelo braço: “Ô, Serra, não quero fazer…”


SE DESEJAR ler a íntegra deste e outros artigos sobre o mesmo tema, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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