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Emprego. Lula não criou 10 milhões de vagas. Mas ainda assim ele tem o que comemorar

É possível. Aliás, é muito provável. Sim, Luiz Inácio Lula da Silva dificilmente chegará ao final deste ano anunciando um crescimento de 5% no Produto Interno Bruto – mesmo que tenha prometido este índice para todos os anos do seu segundo mandato. Em todo caso, se ao final do quadriênio conseguir um resultado semelhante ao que obteve em relação à questão do emprego, é possível que seu candidato à sucessão (se ele tiver um) poderá se beneficiar, mesmo com a superestimação do crescimento real do PIB.

Complicado? Então, vamos lá: ao concorrer, em 2002, Lula teria prometido criar 10 milhões de empregos, ao longo do primeiro mandato. Ao que se sabe, e os números não estão totalmente fechados, foram pouco mais ou menos que 5 milhões. O que é bastante vaga no mercado de trabalho – principalmente se, ao destrinchar os números, se fica sabendo que elas foram geradas sobretudo nas faixas menores de renda.

E mais: está no emprego um dos melhores indicadores obtidos pelo governo Lula. E eles poderiam ser maiores (10 milhões????) se o tal PIB crescesse mais que os cerca de 3%, em média, que o governo obteve. Maiores que os de FHC, mas pífios, do mesmo modo. Sobre a questão, de resto das mais relevantes para a sociedade, é muito interessante a reportagem de Soraia Costa e Edson Sardinha, que o site especializado “Congresso em Foco” está publicando. Acompanhe:

”O emprego no governo Lula
Apesar de favoráveis, índices de geração de emprego e renda foram limitados pelo crescimento pífio da economia, segundo especialistas

Os dados e os critérios utilizados são os mais diversos, mas para pelo menos um ponto eles convergem: os índices de geração de emprego e renda registrados nos últimos quatro anos estão entre os mais favoráveis do primeiro governo Lula. Embora ainda longe do ideal, o número de postos de trabalho formais cresceu, a taxa de desemprego diminuiu e o salário mínimo teve valorização real de 25% desde 2003.

Por outro lado, o governo não conseguiu promover as mudanças legislativas prometidas para aquecer o mercado, como a desoneração da folha de pagamento e a redução da jornada de trabalho. Também não conseguiu reverter as históricas distorções salariais que separam principalmente homens, mulheres e negros.

Especialistas no assunto ouvidos pelo Congresso em Foco avaliam como positivas as ações do governo Lula na área do trabalho, mas entendem que os resultados foram prejudicados pelo pífio crescimento econômico registrado no período. A melhoria do quadro no segundo mandato dependerá, segundo eles, de mudanças macroeconômicas, como a redução da taxa de juros e da carga tributária. Para o supervisor do Dieese em Brasília, Clóvis Scherer, nos últimos quatro anos “o país enveredou para o crescimento do emprego”, com melhoria nos rendimentos e ganhos reais para um grande número de categorias.

No entanto, afirma o economista, ainda há um longo caminho a ser perseguido. “Mas a gente observa que, para consertar as graves questões que afetam os trabalhadores, é preciso rever o modelo de desenvolvimento e ver como ficará a renda”, pondera.

A pesquisadora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Solange Sanches também entende que a economia precisará acompanhar o ritmo da geração de emprego e renda para não haver retrocesso na área nos próximos quatro anos…


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do “Congresso em Foco” na internet, no endereço http://congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=13537.

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