Estratégia. Partidos fazem o jogo para 2010. E não apenas no campo da oposição a Lula

Há quem pense para daqui a dois anos, quando haverá eleição municipal. Em Santa Maria, mesmo, como você já leu por aqui, o quadro tende a se consolidar ainda este ano, com a confirmação das candidaturas de Cezar Schirmer, do PMDB, e um nome do PT (hoje o mais forte parece ser o do deputado Paulo Pimenta) e provavelmente um terceiro, que tende a ser o tucano Jorge Pozzobom. E todos estão atrás de um fortíssimo eleitor: o deputado estadual do PP, José Farret.

Em nível estadual, o jogo ainda está em aberto, mas há quem jogue firmemente mirando na sucessão de Yeda Crusius. Esta, aliás, depende totalmente do desempenho do próprio governo. Mas Eliseu Padilha, do PMDB, por exemplo, aplaina o caminho interno no seu partido, do qual é o líder (com maior quantidade do apoio possível) inconteste, para concorrer ao Piratini.

Diante desses dois exemplos, o que você acha que pode estar acontecendo em Brasília, hein? Principalmente porque, como se sabe, Lula, em segundo mandato, não vai concorrer. Se conhece, e até razoavelmente bem, o enrosco no ninho tucano, em que há dois nomes fortíssimos em busca da viabilização como concorrente preferencial à sucessão presidencial. No caso, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

Mas esse é um jogo que não se trava apenas na oposição. No campo governista, não se vislumbra, hoje, um único nome do PT capaz de galvanizar a atenção popular. Aliás, nem o próprio Lula abre sua posição – ele quer saber, mesmo, é de governar e, na medida do possível, firmar seu nome ainda mais na história do País.

O que resta, então, aos petistas e aliados? Tentar a melhor estratégia para o futuro, que não está tão longe assim. O PSB, por exemplo, se mostra preocupado com as ações do PT. Especialmente porque os socialistas contam com um nome, e dos mais fortes: o recém eleito com uma montanha de votos para a Câmara dos Deputados, Ciro Gomes. Aliás, a respeito dessa disputa interna no campo governista, vale a pena ler o que publica o site especializado “Congresso em Foco”, com base em reportagem de Gustavo Krieger, do jornal Correio Braziliense. A seguir:

”PSB e PT começam disputa por 2010

Mal começou o segundo mandato do presidente Lula e PT e PSB já iniciaram a disputa pela sucessão presidencial. A postura dos partidos na eleição para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, com a oposição do PSB à candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) e a troca de acusações, nos bastidores, entre os dois partidos revelam o choque dos interesses entre os dois de ocupar o Palácio do Planalto em 2010.

De acordo com matéria de Gustavo Krieger, do Correio Braziliense, o crescimento do PSB nas eleições passadas incutiu nos próprios membros o ânimo de disputar a presidência do país. Neste novo mandato, o partido terá 27 deputados federais, três governadores e três senadores. Ciro Gomes (CE), deputado federal com maior votação proporcional do país, aparece como o principal candidato do PSB para disputar o poder.

Como Lula não poderá concorrer novamente, pela primeira vez na história do PT, a candidatura da coalizão está aberta aos partidos da base. Uma vez, que o próprio PT não conseguiu emplacar um nome forte e abriu a opção para o surgimento de novos candidatos.

“Dentre eles, Ciro parece a opção mais bem colocada. Ele já foi candidato a presidente da República, com boa performance em 2002. Tem experiência administrativa como ministro e governador. Tudo isso lhe permite sonhar com uma boa posição de largada nas primeiras pesquisas sobre a próxima eleição presidencial. Além disso, saiu das urnas de 2006 como um vencedor. Não apenas por sua votação para a Câmara, mas pela eleição de seu irmão Cid Gomes para o governo do Ceará. “

Atento a situação, o PT não pretende perder espaço para os aliados e tem brigado para continuar vivo na concorrência ao governo. A busca pela vitória na Câmara é um dos postos mais cobiçados pelo partido. Internamente, briga por ministérios e postos estratégicos.

A disputa acendeu a desconfiança do PSB e alertou os demais partidos da base governista. “O PT não quer deixar os aliados elegerem o presidente da Câmara. Imagine como será para eleger o…”

SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do “Congresso em Foco” na internet, no endereço http://congressoemfoco.ig.com.br/Ultimas.aspx?id=13887.