Arquivo

Governo do RS. Secretários e seu problemão: como cortar 30% sobre o que não existe

O governo do Estado está quebrado. E não se consegue perceber coomo se possa fazer um corte expressivo, sem perda de serviços básicos. Em algumas secretarias, como a Saúde, por exemplo, “qualquer redução de custo é menos remédio”. Quem diz isso é o auditor fiscal Darcy Carvalho dos Santos, em reportagem que Zero Hora publica neste domingo. A mesma opinião é compartilhada, por exemplo, por João Carlos Brum Torres, ex-secretário de Planejamento no governo de Germano Rigotto. Diz Torres que é difícil cortar 30% do custeio, como é meta fixada pela governadora Yeda Crusius, “sem que a população perceba a deterioração dos serviços”.

Aliás, a opinião de Torres e Santos, que não são da equipe do Piratini, é compartilhada por alguns daqueles nomeados pelo governo exatamente para cumprir a meta. E há alguns, inclusive, que já fazem relatórios propondo coisas diferentes. Entre as propostas dos que mais se encontram no paredão está aumentar outra meta: em vez de 20%, talvez mais que isso deva ficar o corte dos ocupantes de Cargos de Confiança.

Em todo caso, com o auxílio da equipe técnica liderada pelo secretário de Planejamento e Gestão, Ariosto Culau, que percorre as secretarias para ajudar o trabalho a ser apresentado no início de fevereiro à governadora, há um corre-corre para ver onde podem ser cortadas as verba de custeio. Para saber mais, leia a reportagem de ZH, assinada por Marciele Brum:

”Lição de anatomia
A determinação da governadora Yeda Crusius de cortar 30% dos gastos de manutenção da máquina pública e 20% dos cargos em comissão do Estado esbarra em obstáculos não previstos no plano de governo da tucana. A principal dificuldade apontada por técnicos e secretários é identificar os excessos que podem ser eliminados.

A maioria dos secretários da governadora Yeda Crusius tem dificuldade para decidir onde passar a tesoura ou assegura que não poderá alcançar a meta de redução de 30% nos gastos de custeio do Estado.

A única tarefa considerada viável é o enxugamento de 20% do custo dos cargos em comissão. O plano de redução de gastos deve ser apresentado na primeira semana de fevereiro por Yeda. Até lá, uma equipe comandada pelos secretários do Planejamento e Gestão, Ariosto Culau, e da Fazenda, Aod Cunha, percorre as secretarias tentando identificar potenciais áreas para cortes.

De um total de despesas do Estado fixadas em R$ 7,9 bilhões pelo Orçamento de 2007, a equipe da governadora trabalha para viabilizar um corte de R$ 486 milhões no Executivo. O governo sabe que não é possível promover um corte indiscriminado em gastos de custeio porque essas despesas incluem convênios, transferências a municípios, recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e outros valores reservados que não podem ser tocados. Material de expediente, energia elétrica, telefone, água, combustível e locação de imóveis e veículos estão entre os itens que podem sofrer redução. Em meio à indefinição, secretários compartilham automóveis a fim de otimizar recursos.

– Mesmo que a secretaria gaste pouco, terá de cortar 30% disso. É preciso gerenciamento para reduzir 50% de uma coisa e 20% de outra e atingir a meta da governadora na média final – sustenta o chefe da Casa Civil, Fernando Záchia.

O titular da Segurança, Enio Bacci, sustenta que é “impossível” cortar mais de 5% do custeio no setor administrativo da secretaria. Uma das primeiras medidas foi o fechamento de…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo