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Imprensa. Que pensaria você, se o “teu” jornal desse $$.$$$ para eleger um deputado?

Pois é, pois é. A toda bodosa Folha de São Paulo, tão ciosa de sua (pelo menos no marketing) independência em relação a tudo, e seu decantado (e verdadeiro) pluralismo, foi pega em flagrante, ao ter sido constatada doação de R$ 42 mil para a campanha de um deputado federal. Não é ato ilegal, por certo, e até onde sei. No entanto, cá entre nós, impõe no mínimo uma reflexão acerca dos supostos princípios tão defendidos pela publicação paulista. A propósito desse tema, reproduzo nota que postei na tarde desta quarta-feira, com ligeiras atualizações. Confira


“Mídia grandona. FSP pega de calças curtas doando troco para campanha de tucano

Imaginemos que você seja um leitor, por exemplo, do jornal A Razão. Ou do Diário de Santa Maria. Ou da Zero Hora. Ou do Correio do Povo. E, agora, uma pergunta: o que você pensaria do seu periódico favorito, se soubesse que ele doou uma quantia bem razoável para a campanha de um candidato a deputado? Que tal?

Pois é. O parágrafo acima trata de uma situação, mais que hipotética, inexistente – ou pelo menos não comprovada. Agora saiba o que aconteceu, de fato, em São Paulo, com o jornal Folha de São Paulo, famoso por suas ações de marketing que enfatizam uma suposta independência em relação a tudo: governos, partidos, empresas, igrejas, etc, etc. Pois não é que o venerando jornalão foi pego de calças curtas?

Veja só o que descobriu (e publicou em sua página na internet) o jornalista Mino Carta, aliás um dos mais respeitados do País:

”Doações jornalísticas

E por falar em doações, consulta ao site do TSE revela que a empresa Folha da Manhã doou R$ 42.354,30 para a campanha de Paulo Renato Costa Souza (PSDB), em 27/10/2006:

“Informações prestadas pelo doador FOLHA DA MANHÃ S/A CPF/CNPJ 60579703000148 para o(s) candidato(s) abaixo:

Valor total das receitas R$ 42.354,30
Candidato Partido – UF Data Valor Tipo

PAULO RENATO COSTA SOUZA PSDB – SP 27/10/2006 42.354,30 Recursos de pessoas jurídicas”
Paulo Renato também declarou R$ 80.406,30 de despesas com a Folha, a título de “publicidade por jornais e revistas”.

Basta uma consulta ao site (http://www.tse.gov.br/sa dSPCE06F3/faces/careceitaByDoador.js ou http://www.tse.gov.br/sa dSPCE06F3/faces/cadespRecList.jsp).< b />

Cabem as seguintes perguntas:

Por que a Folha fez doação a um candidato?
Por que a doação foi feita às vésperas do segundo turno, quando a campanha para deputado federal (caso de Paulo Renato) já havia sido decidida quatro semanas antes?
Quais os critérios utilizados pelo jornal na escolha de Paulo Renato?
Que garantias o jornal, tão cioso de sua independência e de sua linha pluralista, dá de que a doação não influencia o conteúdo editorial? “


COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: Fico só com um, na verdade. E não é que tem gente que acredita em objetividade e na decantada independência da nossa mídia grandona. Que “independência” pode ter um veículo que ajudou, com troco e tudo, a eleger um deputado, que por sinal foi ministro de Fernando Henrique Cardoso. E olha que esse caso ficou público. E os outros? Hein?

SE DESEJAR ler também outras notas publicadas pelo jornalista Mino Carta, pode fazê-lo acessando a página que ele mantém na internet, no endereço http://blogdomino.blig.ig.com.br/

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