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Ironia. Que relação há entre acusações contra Jungmann e os ataques a Lula, em 2005/06?

O jornalista Paulo Henrique Amorim, com passagem pelos mais significativos veículos de comunicação brasileiros – entre eles, para citar dois, a revista Veja e a TV Globo, do qual chegou a ser chefe da sucursal de Nova Iorque – é um dos mais lúcidos, penso, profissionais em atividade. É por isso que, não raro, reproduzo por aqui textos e entrevistas e opiniões que ele publica em seu site, o “Conversa Afiada”, alojado no portal “IG”. Além dessa atividade, Amorim atua na TV Record (em Santa Maria, a TV Pampa).

Pois PHA, no texto que você vai ler a seguir, simplesmente se excede em ironia e qualidade analítica. Antes de mais nada, afirma que Raul Jungmann que, com mais oito ex-servidores do Ministério da Reforma Agrária à época do governo Fernando Henrique Cardoso, é (até prova em contrário) inocente das acusações, feitas pelo Ministério Público Federal, do desvio de verbas públicas que montam R$ 33 milhões.

E depois faz uma fantástica relação entre o comportamento de Jungmann e seus aliados e também a própria mídia, e idênticas posições acerca das acusações que atormentaram setores governistas no período pré-eleições de 2006. Sem fazer juízo de valor, só digo que, na minha (nem sempre) humilde opinião, vale a pena ler. Acompanhe:

JUNGMANN É INOCENTE ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO

. O fato de a Procuradoria da República pedir o indiciamento de Raul Jungmann e mais oito não significa que eles sejam culpados.

. Não se deve, portanto, falar em “Ali Baba e os oito ladrões”, porque, até o veredicto da Justiça, eles são inocentes.

. Jungmann foi eleito deputado federal pelo povo de Pernambuco e tem direito a foro privilegiado – o Supremo Tribunal Federal.

. O fato de ele ser suspeito de embolsar recursos públicos através de uma agência de publicidade não significa que ele tenha dado inicio a um “mensalão” no Governo Fernando Henrique.

. Não se provou que havia um “mensalão” no Governo Lula, nem que isso, agora, caracterize um “mensalão”, uma mesada a um ministro, no Governo de FHC.

. Se o processo for ao Supremo Tribunal Federal e a questão cair na mão de um Ministro indicado pelo Presidente Fernando Henrique não se deve suspeitar que o Ministro do STF queira “proteger” Jungmann. Ao entrar para o Supremo, os ministros perdem a “paternidade” e só devem prestar contas à Lei.

. Se o processo judicial demorar – como demora tudo na Justiça brasileira – o presidente Fernando Henrique Cardoso não deve deduzir que há impunidade.

. Também não se deve dizer que o Governo Fernando Henrique assistiu “à maior corrupção da História” da República, com o affair Jungmann, as ambulâncias superfaturadas, Daniel Dantas, compra de votos para a reeleição…

. …O pedido de indiciamento de Jungmann não significa que o Presidente Fernando Henrique soubesse de uma eventual roubalheira e olhasse para o outro lado. Não cabe acusar o ex-presidente de “fingir que não via” – não há nenhum indicio de que a roubalheira – se a Justiça se…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo de Paulo Henrique Amorim, pode fazê-lo acessando a página “Conversa Afiada” na internet, no endereço http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/409501-410000/409611/409611_1.html.

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