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Novo bloco. Siglas ditas “de esquerda” tentam forjar união para se contrapor ao governista PT

A mídia tem tratado do assunto de forma discreta. Mas o movimento, de fato, existe. Diz-se, e publica-se que são partidos “de esquerda” que buscam articular-se para formar um bloco. Se o objetivo for atingido, o grupo será o terceiro maior da Câmara dos Deputados, com direito inclusive a uma vaga na Mesa Diretora da Casa.

A minha dúvida é, digamos, sei lá, mmmm, retórica. Isto. Onde está o “esquerdismo” do PV, que faz parte da relação de interessados no bloco. E o PDT? É de esquerda? Aliás, condição que não é negada ao PSB e ao PC do B. De qualquer forma, há um fato concreto e que merece a devida apreciação. Foi o que fez, por exemplo, o G1, o portal de notícias das organizações Globo, que está divulgando a seguinte reportagem, construída a partir de informações originais da agência de notícias britânica Reuters. A seguir:

”ESQUERDAS ARTICULAM BLOCO PARA RIVALIZAR COM PT
Bloco de 77 deputados reuniria PSB, PC do B, PV e PDT. Se constituído, poderá ficar com a vice-presidência da Câmara.

PSB e PC do B articulam com PDT e PV a formação de um bloco parlamentar de esquerda com 77 deputados, que, se concretizado, será a terceira maior bancada da Câmara. Os partidos buscam se proteger contra o que consideram “hegemonismo” do PT na base do governo.

O objetivo é garantir para esses partidos uma posição importante na mesa diretora da Casa e o controle de três comissões permanentes. O movimento abala a posição do PT na coalizão de governo e pode favorecer a reeleição de Aldo Rebelo (PCdo-B-SP) na disputa contra o petista Arlindo Chinaglia (SP).

Juntos, os quatro partidos terão 77 deputados na próxima legislatura. O PMDB elegeu a maior bancada para a Câmara (89 deputados), seguido pelo PT (83) e pelo PSDB (66). São estes os números que contam para a distribuição dos cargos, independentemente de adesões ou baixas nos partidos.

Pelo critério da proporcionalidade, o bloco poderia indicar, por exemplo, o candidato a vice-presidente da mesa diretora, cargo que, nas atuais circunstâncias, caberia ao PSDB. Isoladamente, apenas o PSB tem direito a um cargo na mesa, uma simples suplência. Separados, os partidos também não indicam presidentes e relatores das estratégicas comissões permanentes.

“O bloco fortalece a autonomia dos partidos de esquerda no Legislativo e, mesmo sem estar vinculado à disputa pela presidência, favorece Aldo”, disse à Reuters nesta quinta-feira o presidente em exercício do PSB, Roberto Amaral.

Amaral informou que foi incumbido de fazer as negociações com o presidente do PDT, Carlos Lupi, com quem conversaria ainda esta semana. Para negociar com a direção do PV, ficou escalado o futuro líder do PSB, Márcio França (SP). PDT e PV ainda não decidiram quem vão apoiar para a presidência da Câmara.

A criação de um bloco da esquerda, incluindo também o PV, é um antigo projeto do PSB e do PC do B. Dirigentes socialistas e comunistas avaliaram que o acordo entre PT e PMDB para apoiar Chinaglia criou, finalmente, a ocasião propícia para formar o bloco…”


SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página do “G-l”, o portal de notícias das Organizações Globo, no endereço http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1426018-5601-5589,00.html.

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