O querido. Aldo Rebelo, preferido de todos os Presidentes para dirigir a Câmara dos Deputados

Olha só o nível de respeitabilidade atingido por Aldo Rebelo, atual presidente da Câmara dos Deputados. Segundo artigo publicado no site especializado “Congresso em Foco”, sua continuidade no cargo é a preferência de pelo menos 15 governadores de Estado. Mas não apenas deles. Todos os ex-presidentes da República vivos (e atuantes) o querem dirigindo a Câmara. E também, claro, o atual (embora não confesse publicamente), Luiz Inácio Lula da Silva.

O que, afinal de contas, motivaria tantas lideranças a apostar nesse comunista, digamos, moderno, nascido em Alagoas, eleito por São Paulo e que, nos estertores do regime militar, foi presidente da União Nacional dos Estudantes? Aliás, foi nessa última condição que o encontrei pela primeira vez. Sim, fui militante estudantil – para quem ainda não sabia. E até o entrevistei, para a rádio Imembuí, lá pelos idos de 81, 82.

Mas, qual o segredo desse cara, que de militante dito radical, transformou-se num símbolo de conciliação e respeitabilidade, a ponto de unir tantos e distintos apoios? Bem, quem sabe a leitura do texto assinado por Rodolfo Torres encaminhe uma resposta. Acompanhe:

”Aldo e os presidentes
Ex-presidentes, 15 governadores e o próprio presidente da República querem Aldo na presidência da Câmara

Todos os brasileiros vivos que ocuparam a Presidência da República apóiam a candidatura do atual presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), à reeleição. Não é segredo para seu ninguém que o próprio presidente Lula prefere o parlamentar alagoano, filiado ao partido comunista patrício por São Paulo, e que preside a Câmara.

Analistas políticos das mais variadas tendências e até mesmo o ícone Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmam sem maiores pudores: Aldo é o candidato de Lula. Dizem que Lula apreciou o trabalho do presidente da Câmara, principalmente naquele período dos sanguessugas, em que CPIs surgiam no Congresso Nacional como que por uma misteriosa geração espontânea.

Por ser alagoano, Aldo Rebelo também conseguiu uma maior aproximação com o governador das Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB). Pela história política brasileira, um tucano não daria muita bola para um membro do PCdoB. No entanto, umas das magias da política nacional é o seu grau de maleabilidade, a sua alta capacidade de mutação comportamental. Sem contar que o membro do partido comunista em questão ocupa o terceiro maior cargo na hierarquia da República.

E lá vai seu Teotonio organizar um encontro entre Aldo Rebelo e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC, assim como Lula, trabalha pela reeleição de Aldo. Até o PFL quer que o membro do partido comunista continue por mais dois anos com as rédeas da Casa.

Se o ex-presidente Itamar Franco assumir alguma secretaria no governo de Minas Gerais, do tucano reeleito Aécio Neves, ele provavelmente também seguirá a cartilha do chefe. Se bem que no caso de Itamar, existe uma lógica toda particular que impede um raciocínio de associação simples. Mas nesta situação, até que se prove o contrário, Itamar apoiaria Aldo.

Não li nada a respeito e também não ouvi nenhum comentário sobre as preferências do senador eleito Fernando Collor (PRTB-AL) em relação à presidência da Câmara. No entanto é possível imaginar que Collor apóie a reeleição de Aldo por uma questão corporativista dos alagoanos. Pois é… A análise política também precisa de um exercício lúdico de vez em quando.

Encerrando a lista dos que ocuparam a Presidência da República e estão vivos, encontramos o poeta, escritor, jornalista, professor e imortal da Academia Brasileira de Letras, José Sarney (PMDB-AP). O senador faz parte da ala governista do PMDB, e vai com o presidente Lula até as últimas conseqüências. Ou seja, Sarney também é Aldo nessa disputa…”

SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do “Congresso em Foco” na internet, no endereço http://congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=13732.