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Outra análise. O trio principal da política pátria joga por 2010. Isso explica a decisão tuca

PT, PSDB e PMDB. Não necessariamente nesta ordem. E até provavelmente nem seja – trata-se apenas da hierarquia dos cargos acertados para a eleição à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O certo, porém, é que a decisão de tucanos e peemedebistas de apoiar o petista Arlindo Chinaglia para a presidência da Casa, tem muito mais a ver com suas condições internas e a preparação para o pleito presidencial de 2010 do que por qualquer outra motivação mais imediata.

É um jogo em que, na verdade, todos convergem. O trio, no caso, tem vantagens bem claras com a decisão que estão tomando agora. E não haveria razão para embarcar na candidatura de Aldo Rebelo. Isso interessaria apenas a um grupo, percebe-se no momento, majoritário no PSDB. E, claro, ao PFL – que completa o quarteto de partidos possivelmente relevantes para a eleição presidencial de daqui a quatro anos.

Quem faz esse raciocínio, que penso seja pertinente, é Maurício Hashizume, em artigo difundido pela agência “Carta Maior”, em sua página na internet. Agora, é com você. Acompanhe:

Corrida para 2010 explica apoio do PSDB ao petista Chinaglia
O líder tucano Jutahy Jr. (PSDB-BA) anunciou o apoio a Arlindo Chinaglia (PT-SP) evocando o respeito ao princípio da proporcionalidade das bancadas. Na prática, a candidatura petista está acomodando forças de peso que estão de olho em 2010.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), atual líder do governo, está cada vez mais perto da presidência da Câmara dos Deputados. Nesta quinta-feira (11), Jutahy Jr. (PSDB-BA), que coordena a bancada dos parlamentares tucanos na Casa, anunciou publicamente, depois de uma consulta telefônica realizada com a base dos congressistas de sua legenda, o apoio do PSDB – a despeito das manifestações contrárias de parlamentares e expoentes tucanos – à candidatura do petista.

A base da argumentação apresentada por Jutahy Jr. foi o cumprimento do princípio da proporcionalidade das bancadas. O PMDB – legenda com a maior bancada eleita para a próxima legislatura (89 cadeiras) que deve confirmar a recondução de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado – preferiu abdicar da prerrogativa de lançar um nome e decidiu, em reunião com contagem de votos ocorrida na última terça-feira (9), optar pela formalização do acordo com o PT, dono da segunda maior bancada federal (83 cadeiras), segundo o qual os dois primeiros anos (2007 e 2008) ficarão a cargo dos petistas e o PMDB lançará o seu próprio candidato no biênio 2009-2010. O PSDB, que fez a terceira maior bancada com 66 cadeiras, seria contemplado com a vice-presidência da chapa de Chinaglia.

No entanto, o fator decisivo que vem de fato sedimentando o nome de Chinaglia é a perspectiva de poder para 2010. Os partidários do líder governista trabalharam com esse componente e convenceram as principais forças políticas com aspirações diretas (e poder real conferido pelas urnas nas últimas eleições de 2006) na sucessão de Lula. Nesse contexto, o próprio PT se mostrou disposto a fazer concessões nos estados para ganhar fôlego na reorganização de suas bases internas e externas nos próximos dois anos contando com o trunfo do assento da presidência da Câmara Federal. Enquanto isso, o PMDB pode ganhar tempo para testar a coalizão em torno de Lula e chegar mais preparado à direção da Mesa da Câmara na reta final para as próximas eleições gerais. É sabido que há peemedebistas que defendem o lançamento de uma candidatura própria para o Palácio do Planalto.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por sua vez, deu o seu aval ao anúncio feito por Jutahy porque conta com a retribuição do PT na eleição para a presidência da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp). Um oposicionista no cargo máximo da Alesp não ajudaria os planos do governador para os próximos quatro anos na administração do estado com maior pujança econômica do País. Além disso, o próximo líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), que também atuou em favor de Chinaglia, recebeu apoio decisivo do governador paulista e deve atuar em sintonia com Serra.

Reeleito em 2006, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), outro com aspirações inegáveis para 2010, preferiu não barrar o movimento promovido pelo líder do PSDB na Câmara e deve garantir um dos seus – o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG) – para a 1ª vice-presidência da Câmara, posto de relevo na Mesa Diretora da Câmara. Tanto Serra quanto Aécio parecem estar dispostos a…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página da agência “Carta Maior” na internet, no endereço http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13280.

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